Por g1 AC — Rio Branco


Erosão no Calçadão da Gameleira tem provocado queda nas vendas no local, em Rio Branco, segundo comerciantes — Foto: José Rodinei/Rede Amazônica

Após o fechamento da passarela Joaquim Macedo, no Centro de Rio Branco, a Defesa Civil do Acre interditou parte do calçadão do Mercado Velho nessa sexta-feira (12) por conta de erosão que ocorre na região.

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A passagem já havia sido interditada no final de junho por conta da oscilação do nível do Rio Acre, que registrou altos e baixos índices no primeiro semestre (veja abaixo as medições do manancial neste mês na capital). Com as interdições, um estudo técnico deve ser feito para que a recuperação seja iniciada.

De acordo com a Defesa Civil, um trecho de 270 metros do calçadão foi interditado. O estado também deve decretar situação de emergência para acelerar os reparos.

“Iremos decretar situação de emergência para dar celeridade na contratação de empresas especializadas com geotécnicos e engenheiros de estruturas, para que seja feito um trabalho de inspeção mais minucioso e as devidas soluções”, informou o coordenador Carlos Batista.

Veja medição do Rio Acre em Rio Branco em julho de 2024
Última medição de junho marcou 1,81 metros
Fonte: Defesa Civil Municipal

Comerciantes reclamam

Calçadão do Novo Mercado Velho apresenta rachaduras e erosões ocasionados por conta da cheia e seca do Rio Acre — Foto: José Rodinei/Rede Amazônica

Os problemas no Calçadão do Novo Mercado Velho, no Centro de Rio Branco, não são novos e pioraram depois da cheia histórica do Acre em março deste ano. A movimentação de terra, comum da região, fez com que parte do local afundasse e também provocou a interdição da passarela Joaquim Macêdo, no último dia 28 de junho.

Segundo a Defesa Civil estadual, o tabuleiro da ponte está cerca de 70 centímetros afastado das vigas de sustentação da estrutura. As obras para a recuperação do espaço já foram iniciadas, mas quem trabalha na região, ponto turístico da capital, diz que boa parte do público sumiu.

É o caso da feirante Raimunda Núbia Sobral. Apesar dos danos no solo do local, ela ressalta que o importante é continuar trabalhando enquanto for possível.

“A gente teve subir, porque estávamos mais abaixo. Fizeram esse paredão, e continuamos trabalhando. O importante é a gente não parar de trabalhar. O movimento caiu um pouco, porque as pessoas entram na outra ponte e veem esse paredão, e aí acham que o aqui também está fechado”, diz.

No ano passado, o governo do estado fez uma obra de contenção no calçadão por causa do mesmo problema, mas os comerciantes e feirantes reclamam da qualidade do trabalho realizado.

O comerciante Hemerson Assunção relata que foi retirada uma malha de ferro que ajudava na sustentação do calçadão, o que colaborou para que o local cedesse ainda mais.

“Esse serviço foi feito há pouco tempo, e aí quando o rio começou a baixar, levou tudo. Nós que trabalhamos nessa área, e vendo o serviço que tinha antes e o que tem agora… Antes havia uma malha de ferro, quando foi feita a reforça, tiraram a malha de ferro, substituíram por barro e areia, e não fizeram compactação. Por isso, desceu muito rápido. Era para terem feito o serviço, e colocado uma nova malha de ferro”, avalia.

Comerciantes alegam queda nas vendas em razão da deterioração do Calçadão da Gameleira

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Passarela

Inaugurada há 17 anos, a passarela Joaquim Macedo, no Centro de Rio Branco, possui 200 metros de extensão e está com a estrutura de madeira deteriorada e o entorno com sinais de erosão do solo.

A passarela liga o primeiro ao segundo distrito e conforme afirmam comerciantes e pedestres que utilizam o local para locomoção, há muito problemas e risco.

Buraco na passarela Joaquim Macedo — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

A estrutura foi construída apoiada em duas colunas com 42 dois metros onde estão os cabos de sustentação da ponte, localizada próximo do Mercado Velho. O maior problema detectado pelos pedestres é o piso que se encontra com várias buracos e rachaduras ao longo da ponte.

Estes sinais de deterioração foram detectados no ano passado, quando a Defesa Civil de Rio Branco recomendou a interdição do local. Também foi detectada movimentação de solo no Mercado Velho.

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