Adolescente foi achada morta com um tiro no rosto enterrada em área de invasão em Rio Branco, em janeiro — Foto: Arquivo/Bope
Mais um foi preso nessa quarta-feira (2) suspeito de participar da morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, achada enterrada em uma cova rasa, no Ramal do Pica Pau, em Rio Branco, em janeiro deste ano.
Após investigação, agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriram mandado de prisão contra ele, na mesma região onde o corpo da vítima foi achado.
Com mais essa prisão, são oito pessoas detidas suspeitas de participação da morte da adolescente. A motivação para o crime seria porque os criminosos acharam no telefone da vítima mensagens e referências a outra facção.
O corpo de Raquel foi achado por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em uma área de invasão. A jovem seria de uma facção criminosa, de acordo com a polícia, e havia pedido para sair e foi arrastada de dentro de uma igreja para ser morta com um tiro no rosto.
Conforme a Polícia Civil, a menina foi morta dois dias antes de o corpo ser encontrado enterrado. A investigação apontou ainda que a vítima foi submetida ao “tribunal do crime” e, após várias horas de cárcere, os autores efetuaram disparos de arma de fogo e golpes de arma branca.
Mais prisões
No dia 11 de março, uma mulher, de 34 anos, foi presa suspeita de participar da morte da adolescente. Na época, a Polícia Civil informou que a mulher estava foragida e foi capturada em uma rua do bairro Recanto dos Buritis, Segundo Distrito da capital acreana.
Ainda segundo a polícia, a suspeita faz parte de uma organização criminosa e já responde por diversos crimes na Vara de Organização criminosa do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
No dia 3 de fevereiro, outros quatro suspeitos de participação na morte da adolescente foram presos. Com o grupo, a Polícia Militar encontrou uma das armas que teriam sido usadas para matar a adolescente.
No mesmo dia em que o corpo da adolescente foi encontrado, a polícia prendeu em flagrante os irmãos Yago da Silva Sabino, de 20 anos, e Tyego da Silva Sabino, de 18, suspeitos de participação no crime. Essa prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça acreana.
Além da morte da menina, a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investigava o desaparecimento da irmã dela, uma adolescente de 14 anos. A informação é de que a adolescente, que não teve o nome revelado, está desaparecida desde setembro do ano passado. O G1 tentou contato com o delegado responsável pelo caso, Marcus Cabral, nesta quinta-feira (3) para saber sobre o andamento da investigação, mas não obteve sucesso até última atualização desta reportagem.
Irmãos foram os primeiros a serem presos suspeitos pelo crime — Foto: Arquivo
Casas incendiadas
Após o corpo da menina ser achado, duas casas de familiares de Raquel foram incendiadas no Ramal do Pica Pau. A suspeita da polícia é que tenha sido uma retaliação após a prisão de dois suspeitos do crime.
Entre as casas incendiadas está a da mãe de Raquel. Segundo a Polícia Civil, ela já tinha se mudado do local logo após o crime e, por isso, o imóvel estava vazio no momento do incêndio.