Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco


Adolescente foi achada morta com um tiro no rosto enterrada em área de invasão em Rio Branco — Foto: Arquivo/Bope

Mais quatro pessoas foram presas suspeitas de participar da morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, achada enterrada em uma cova rasa, no Ramal do Pica Pau, em Rio Branco, no domingo (31).

A prisão dos suspeitos ocorreu na manhã desta quarta-feira (3) pela Polícia Militar (PM-AC). Com o grupo, a polícia encontrou uma das armas que teriam sido usadas para matar a adolescente.

O corpo de Raquel foi achado por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em uma área de invasão. A jovem seria de uma facção criminosa, de acordo com a polícia, e havia pedido para sair e foi arrastada de dentro de uma igreja para ser morta com um tiro no rosto.

No mesmo dia, a polícia prendeu em flagrante os irmãos Yago da Silva Sabino, de 20 anos, e Tyego da Silva Sabino, de 18, suspeitos de participação no crime. Essa prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça acreana. Ao todo, a polícia já prendeu seis pessoas suspeitas do crime.

Além da morte da menina, a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o desaparecimento da irmã dela, uma adolescente de 14 anos. A informação é que a adolescente, que não teve o nome revelado, está desaparecida desde setembro do ano passado.

O delegado responsável pelo caso, Marcus Cabral, explicou que a DHPP trocou informações com a PM-AC sobre o crime e passaram a buscar os demais envolvidos. Foi quando a polícia recebeu denúncias avisando que os suspeitos estavam escondidos em uma casa no Ramal do Pica Pau

"No domingo [31] ouvi algumas pessoas, instaurei o inquérito policial na delegacia porque sabíamos que tinham outras pessoas envolvidas. Fizemos esse levantamento, identificamos as demais pessoas que tinham participado do crime. Recebemos informações que estavam nessa casa, a PM diligenciou e conseguiu efetuar a prisão deles pelo crime de posse irregular de arma de fogo", complementou.

Irmãos foram os primeiros a serem presos suspeitos pelo crime — Foto: Arquivo

Prisão preventiva e confissão

O grupo foi levado para a Delegacia de Flagrantes (Defla). Lá, Cabral apresentou o relatório de investigação que apontava a participação dos presos na morte da menor e o delegado plantonista representou pela prisão preventiva dos suspeitos.

"De posse do relatório, entregamos para o delegado plantonista tomar conhecimento de todos os fatos que estavam ocorrendo. Com isso, foi feito o flagrante pelo crime de posse de arma de fogo, mas, com a juntada da documentação, o delegado representou pela prisão preventiva pelo crime de homicídio, ocultação de cadáver e por integrarem organização criminosa", ressaltou.

Ainda segundo o delegado, a quadrilha confessou que participou da morte de Raquel. A motivação para o crime seria porque os criminosos acharam no telefone da vítima mensagens e referências a outra facção.

"Confessaram, inclusive, [falando] o que cada um vez. Um deu um tiro, o outro uma facada. Todos confessaram a participação. Ainda não comprovamos a ligação do desaparecimento da irmã com a morte dela. A motivação do homicídio foi essa, mas têm esses acontecimentos [desaparecimento da irmã], que a família não tinha registrado a ocorrência, mas tomamos conhecimento e vamos tomar providências sobre isso", concluiu.

Casas incendiadas

Duas casas de familiares de Raquel foram incendiadas na madrugada de segunda (1), no Ramal do Pica Pau. A suspeita da polícia é que tenha sido uma retaliação após a prisão de dois suspeitos do crime.

Entre as casas incendiadas está a da mãe de Raquel. Segundo a Polícia Civil, ela já tinha se mudado do local logo após o crime e, por isso, o imóvel estava vazio no momento do incêndio.

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