Mesmo com a ameaça de chuva, manifestantes foram às ruas de Rio Branco, nesta quarta-feira (16), para protestar contra a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Tanto a organização quanto a Polícia Militar estimam que aproximadamente 5 mil pessoas participaram do ato.
A manifestação começou às 17h (20h horário de Brasília) e terminou às 19h (21h horário de Brasília), com a execução do hino nacional.
A Rua Arlindo Porto Leal, que fica entre a Assembleia Legislativa do estado e o Palácio Rio Branco foi interditada. Os manifestantes fizeram coro de 'não vai ter golpe', durante o protesto.
Representantes de diversas entidades como Confederação Nacional de Associação de Moradores (Conam-AC), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), integrantes da Juventude do PT e deputados estaduais da bancada de sustentação ao governo participaram da manifestação.
A assistente social Maria Ângela levou a filha para o protesto. Ela se diz contra o que considera um golpe de estado.
“Trouxe minha filha, pois essa é uma causa em que a gente acredita. Somos contra o golpe, acreditamos que é preciso respeitar a democracia. Houve uma eleição e acho que isso deve ser respeitado, por isso estou aqui. Acredito que todo esse momento que o Brasil vive vai passar”, destaca.
Para o policial militar da reserva, Raimundo de Oliveira, a intenção é reforçar o manifesto contra o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e mostrar apoio a presidente Dilma Rousseff.
“Ela foi eleita pela vontade popular. A democracia tem que funcionar, a aristocracia nunca mais, faz tempo que passou”, afirma.
Durante o ato, lideranças políticas como o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT-AC) e a vice-governadora, Nazaré Araújo (PT-AC), discursaram em defesa da presidente.
“Agora é a hora de a gente se mobilizar, para garantir que a democracia não vai ser ferida de morte, porque gerações inteiras perdem muito quando um país não tem a democracia. A maior força que nós temos é a mobilização popular”, disse Alexandre.
Ele destacou ainda, o pedido de afastamento de Eduardo Cunha que foi apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na tarde desta quarta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Esse que hoje preside a Câmara [Eduardo Cunha], é o mesmo que agora há pouco o procurador-geral da República acabou de pedir o afastamento dele. Quem tem conta na Suíça não é a Dilma. Quem tem que se explicar é quem hoje está apontando o dedo para a presidente”, destacou.