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Celebridades

CPI das Criptomoedas convoca Cauã Reymond e Tatá Werneck para depor sobre propagandas

Atores da Globo fizeram propagandas para empresa que teria aplicado golpe da pirâmide em 200 mil pessoas

Tata Werneck e Cauã Reymond: convocados para depor em CPI das Criptomoedas em Brasília - Divulgação/Globo
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Aracaju

A CPI das Criptomoedas aprovou na última quarta-feira (2), em reunião em Brasília (DF), a convocação do ator Cauã Reymond e da atriz e humorista Tatá Werneck, da Globo.

O pedido foi feito pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que quer saber o grau de relação deles com a Atlas Quantum, empresa para a qual os dois fizeram propaganda. O apresentador Marcelo Tas, da TV Cultura, também foi convocado pelo mesmo motivo. A Atlas Quantum é acusada de lesar cerca de 200 mil pessoas por atuar no sistema de pirâmide financeira.

Ainda não há data para os depoimentos. Junto com Tatá, Reymond e Tas, foram convocadas outras 150 pessoas que tiveram alguma ligação com a empresa. Também foram chamados os jogadores Gustavo Scarpa, William Bigode, Ronaldinho Gaúcho, e o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, entre outros.

No requerimento, Bilynskyj lembra que os atores realizaram campanhas de divulgação dos produtos e serviços da empresa Atlas Quantum. E segue: "Essas campanhas, aparentemente bem-sucedidas, tiveram o poder de influenciar e induzir milhares de pessoas a acreditarem na empresa, que, entretanto, revelou-se ser uma pirâmide financeira", afirmou o deputado.

"Diante da relevância dos fatos e com o objetivo de esclarecer a participação dos mencionados indivíduos na empresa em questão, bem como obter informações sobre suas atividades e eventual envolvimento em práticas irregulares, é imprescindível a presença dos dois nesta CPI", concluiu o documento.

Fundada no início de 2018 por Rodrigo Marques dos Santos e Fabrício Spiazzi Sanfelice Cutis, em São Paulo, a Atlas Quantum rapidamente cresceu por oferecer um rendimento acima do mercado de investimento, com cerca de 10%.

Em 2019, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinou que a empresa parasse de ofertar seus produtos, vistos pelo regulador como valores mobiliários e contratos de investimento coletivo.

A CPI para investigar pirâmides financeiras que utilizam criptomoedas teve início em junho na Câmara dos Deputados. Ela é presidida pelo deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e deverá começar a ouvir convocados ainda neste mês.

Procurados pelo F5, a assessoria de Cauã Reymond e o advogado de Tatá Werneck não responderam até a última atualização da reportagem.

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