A 'DANÇA DA CORDINHA' ESTÁ DE VOLTA
Crescimento brasileiro em 2022 deve ser pífio, segundo estimativas do mercado
Ainda em 2014, o jornal britânico “Financial Times” comparou as perspectivas de crescimento da economia brasileira com a brincadeira em que os participantes têm de passar sob uma corda esticada ou barra que fica mais perto do chão a cada rodada.
Assim como na brincadeira, as previsões feitas por economistas brasileiros ficavam, a cada semana, “um pouquinho mais baixas”, dizia o texto.
De lá para cá, a economia brasileira sofreu um forte baque com a pandemia, ainda em 2020, e mostrou recuperação em 2021 – mas, para 2022, as expectativas parecem que, mais uma vez, vão seguir as regras da brincadeira da dança da cordinha.
Se, no início de 2021, a expectativa do mercado era de uma alta de mais de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, agora espera-se um crescimento de menos de 0,50%. Isso, na mediana entre os analistas ouvidos pelo Banco Central. Os mais pessimistas – como o banco Itaú – já estimam uma retração de 0,5%.
Embora o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenha chamado de “conversinha” as previsões que apontam baixo crescimento no próximo ano, as revisões para baixo vêm de todos os lados. Ainda em outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu em 0,4 ponto percentual sua estimativa para o desempenho do PIB brasileiro de 2022, para 1,5% – e não será surpresa se a revisão a ser divulgada em janeiro trouxer novas notícias ruins.
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Conteúdo:
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Arte:
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