A mudança climática tem sérias consequências para a economia global e o progresso humano. A urgência, discutida globalmente, é tomar medidas que possam restringir o aumento da temperatura atmosférica em até 1,5o C nas próximas duas décadas, considerado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) o limite máximo para evitar a desestabilização dos ecossistemas terrestres e das formas de vida que eles abrigam.
Para isso, 195 países assumiram em 2015, no Acordo de Paris, a meta de demandar ações de variados setores econômicos para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), dentre os quais o dióxido de carbono (CO2) é o principal. “O planeta enfrenta o desafio de buscar alternativas para reduzir o consumo de combustíveis fósseis. A atual transição energética está embasada na adoção de fontes de energia com menores emissões de GEE”, explica Alexandre Uhlig, diretor de Assuntos Socioambientais e Sustentabilidade do Instituto Acende Brasil, centro de estudos sobre o setor elétrico brasileiro.
No Brasil, o desafio é enfrentar os maiores vilões em termos de liberação de gases nocivos na atmosfera, que são as mudanças no uso da terra: o desmatamento e o extermínio de vegetação nativa, queimadas, exploração não sustentável de recursos e a degradação florestal. “O país tem planos setoriais para redução de emissões que envolvem restauro florestal e descarbonização da matriz elétrica, por exemplo, mas estamos bastante aquém da implementação dos planos e do cumprimento dos compromissos assumidos nacionalmente
na agenda climática global”, diz Roberto Strumpf, diretor da Radicle Brasil, empresa de consultoria ambiental e desenvolvedora de projetos de crédito de carbono. Apesar dos desafios de implementação de políticas e planos por parte dos Estados, o setor privado tem um papel relevante.
Na América Latina, por exemplo, 45% da geração de energia é hidrelétrica - índice bem acima da média mundial, que é de 16%, segundo a International Energy Agency (IEA). “Certamente a matriz energética limpa da região já coloca as empresas aqui instaladas em vantagem competitiva, tendo mais opções de fontes renováveis para além da hídrica, como a solar e a eólica, assim como outras tecnologias ainda em desenvolvimento, como o hidrogênio verde”, explica o diretor do Instituto Acende Brasil.
Fomentar a criação de um futuro mais sustentável
Há 125 anos a Dow, líder mundial em ciência dos materiais com 125 anos, traz produtos e tecnologias essenciais para contribuir para que outros setores possam avançar em ações diretas de proteção do clima e assumiu o compromisso de atingir a neutralidade líquida de carbono até 2050.
Até agora, a Dow já reduziu suas emissões de gases de efeito estufa em 15% nos últimos 15 anos, e segue no caminho para diminuí-las em mais 15% até o final da década. “Até 2030, a companhia deverá reduzir suas emissões líquidas anuais de carbono em 5 milhões de toneladas métricas em relação à linha de base de 2020 – o que corresponde a esta redução de 15% para a qual estamos trabalhando e, até 2050, para atingir a neutralidade de carbono nos escopos 1, 2 e 3”, esclarece a Diretora Global de Negócios para Energia e Mudanças Climáticas da Dow, Claudia Schaeffer.
Trazer amplitude para uma mudança de cultura e claridade para as discussões em torno de soluções mais sustentáveis também são fatores importantes. Por fornecer soluções que atendam a indústrias de setores diversos, a companhia contribui na redução da pegada de carbono de suas cadeias de valor, incluindo clientes, fornecedores e parceiros logísticos. “Entendemos e assumimos nossa responsabilidade de acelerar a descarbonização global porque acreditamos que podemos causar impactos positivos importantes. Somos parte da solução com produtos mais sustentáveis, assim como desenvolvendo tecnologias de produção baixo”, diz.
Colaboração em prática
A Dow está entre uma das 25 maiores corporações globais no uso de energia renovável, segundo o ranking da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). No Brasil, a companhia fez investimentos concretos em energia solar para a unidade de Aratu, na Bahia, fornecida da Atlas Renewable Energy. A unidade, que produz soluções em poliuretanos, já utiliza 70% de energia elétrica limpa com base em fonte hídrica. Com o complemento da nova matriz,
atingirá 100% de energia elétrica limpa e deixará de emitir 35 mil toneladas de CO2 por ano, o equivalente a mais de 36 mil veículos em circulação pelo mesmo período.
O complexo industrial de Bahía Blanca, na Argentina, por exemplo, tem 20% de seu consumo total de eletricidade providos por energia eólica. Desde 2019, a Dow já tem contratado, junto à Central Puerto, empresa de geração de energia, 20 MW de energia elétrica eólica, o equivalente ao abastecimento de cerca de 10.400 residências.
Outra parceria, com a empresa de energia Casa dos Ventos, permitirá a aquisição de energia eólica para suprir parte da demanda da unidade de Santos Dumont, em Minas Gerais, produtora de silício metálico e sílica ativa. Além do fornecimento, a parceria prevê a possibilidade de investimento da Dow na fazenda eólica, podendo tornar-se, no futuro, uma autoprodutora de energia. No estado de São Paulo, o Latin America Inspiration Center é o primeiro centro de inovação da Dow na América Latina e a quarta unidade da companhia no país a operar com energia 100% renovável, juntamente com as fábricas de Jundiaí, Jacareí e Hortolândia.
“A Dow está constantemente em busca de parcerias e soluções para nossa transição energética, de olho em tecnologias disruptivas e inovações, sem deixar de lado o constante aprimoramento de eficiência energética e o desenvolvimento de tecnologias e processos que consumam menos energia”, conclui a Diretora Global de Negócios para Energia e Mudanças Climáticas da Dow.
Gerar impacto positivo globalmente Em 2021, a Dow anunciou o plano para construir o primeiro complexo de etileno e derivados com zero emissões líquidas de carbono do mundo. O investimento mais do que triplicaria a capacidade de etileno e polietileno da unidade da Dow em Fort Saskatchewan, Alberta, no Canada, enquanto adapta todo o site para zerar as emissões líquidas de dióxido de carbono de escopo 1 e 2.
O investimento descarboniza aproximadamente 20% da capacidade global de etileno da Dow enquanto aumenta a oferta de polietileno em aproximadamente 15%. O local para realização do projeto, em Fort Saskatchewan, foi selecionado devido à disponibilidade de infraestrutura de captura de carbono, matérias-primas competitivas e parcerias governamentais atraentes e contribui para avançar os compromissos da Dow em reduzir as emissões de carbono, chegando a 30% até 2030, no caminho para a neutralidade de carbono até 2050.