Inovação que transforma

Por Dow


Mudar o processo linear para o circular passa por uma mudança em todos os elos da cadeia, desde as indústrias até os cidadãos (Foto: Divulgação) — Foto: Epoca Negocios
Mudar o processo linear para o circular passa por uma mudança em todos os elos da cadeia, desde as indústrias até os cidadãos (Foto: Divulgação) — Foto: Epoca Negocios


O que acontece com o lixo que geramos? A resposta para essa pergunta, felizmente, está mudando. A ideia de que o processo produtivo é linear e envolve extração de matéria-prima, produção, consumo e descarte perdura há décadas e não é mais sustentável. A economia circular oferece uma resposta muito mais saudável, para a humanidade e o planeta: não existe lixo, mas sim recursos, que podem ser reaproveitados e reutilizados infinitamente.

Acontece que mudar da linearidade para a circularidade não é simples. Passa por uma mudança nos processos industriais, de forma a redesenhar o desenvolvimento de produtos buscando o reaproveitamento. E também por uma nova atitude dos cidadãos, que podem fazer sua parte de forma ativa, separando corretamente os resíduos em suas casas, fortalecendo, assim, a coleta seletiva e a cadeia de reciclagem.

A primeira live da série Inovação que Transforma, uma realização Valor Econômico, Editora Globo e CBN, com apoio da Dow, buscou abordar precisamente este ponto tão importante, sintetizado pela mediadora do primeiro debate, a comunicadora Rafa Ferraz: “Num futuro breve, não deve mais existir lixo. Precisamos rever, com urgência, o conceito de ‘jogar fora’”.

O evento, que está disponível gratuitamente online, contou com a participação especial de Paulina Chamorro, jornalista, apresentadora e consultora de comunicação em sustentabilidade, que lembrou o conceito de economia circular. “A proposta é que tudo o que é usado seja reaproveitado”, resumiu Chamorro.

VALOR AMBIENTAL

“Em geral, as pessoas não têm uma noção precisa do tamanho do impacto do lixo no meio-ambiente”, apontou outro participante do evento, o biólogo e divulgador de ciências Hugo Fernandes. “Estamos falando de perda de valor econômico agregado, mas também de vidas. Precisamos começar a entender o princípio da saúde única, que abrange o cuidado com humanos, animais e o meio-ambiente. A natureza não está apenas na trilha do fim-de-semana, todos nós somos parte e responsáveis por ela”.

Por sua vez, Edson Grandisoli, coordenador pedagógico do Movimento Circular, uma plataforma de educação sobre economia circular, que tem como ambição a construção de um mundo sem lixo, lembrou que a transição para um modelo circular passa por ações pedagógicas. “A educação é fundamental para formar uma nova cultura, que valoriza os recursos e elimina o desperdício”.

Izabel Assis, vice-presidente comercial para o negócio de Plásticos e Embalagens na América Latina da Dow, apontou que a indústria tem um papel crucial nesse processo. “Para que a economia circular seja uma realidade, é preciso repensar a forma como os produtos são desenhados. Desde a sua concepção, os produtos devem ser desenhados para a circularidade, ou seja, devem ser desenhados para que depois possam ser reusados ou reciclados”, avalia.

Por outro lado, os novos materiais precisam preservar as características e os padrões de qualidade dos tradicionais, o que demanda um investimento ativo em inovação. “Nossa expertise está no desenvolvimento de tecnologia. Somos muito focados nos esforços nessa área. Atuamos em parcerias, de forma a alcançar resultados mais rápido. A Dow tem muito a contribuir. Afinal, desenvolve tecnologia há mais de 125 anos”.

VALOR SOCIAL

“Para nós, o lixo é um luxo. O que as pessoas chamam de lixo, para nós é oportunidade”, lembrou Telines Basílio do Nascimento Júnior, o Carioca, presidente da Cooperativa de Trabalho de Coleta Seletiva da Capela do Socorro (Coopercaps), uma das primeiras cooperativas de material reciclável de São Paulo e hoje uma das maiores do Brasil. Atualmente, 40% do material recolhido pela coleta seletiva de São Paulo é processado em uma das três unidades da associação.

Na Coopercaps, não existe, de fato, lixo: existe reciclagem, inclusive de pessoas. “Eu mesmo fui catador por 12 anos. Na época, foi a única forma honesta que eu encontrei para sobreviver. Agora a cooperativa está completando 19 anos e tem oito associados cursando ensino superior. As mulheres formam 70% da nossa força de trabalho e oferecemos perspectiva para ex-presidiários e refugiados, além de pessoas LGBTQIA+”.

A Coopercaps foi uma das cooperativas que participou do programa Reciclagem que Transforma, uma iniciativa da Dow que conta com o apoio da startup Boomera e da ONG Fundación Avina para proporcionar qualificação para cinco cooperativas selecionadas, que, somadas, são decisivas para a renda de 214 trabalhadores, que beneficiam pelo menos mais 450 familiares.

SOLUÇÕES PIONEIRAS

A Dow lidera a mobilização na direção da economia circular. “De um lado, a empresa desenvolve tecnologia que permite o desenho de produtos que podem ser reusados ou reciclados. E de outro lado, lançou recentemente uma resina feita a partir de plástico reciclado - dois avanços complementares para a construção de um futuro circular”, afirmou Izabel Assis.

“REVOLOOP™, a resina da Dow feita a partir do plástico pós consumo, ou seja, plástico descartado pelos consumidores em suas casas, é um avanço importante porque entrega qualidade, funcionalidade, que permite substituir o plástico virgem pelo plástico reciclado para diversas aplicações.”

De sua vez, Gabriel Castellano, que, há mais de uma década atua no desenvolvimento de embalagens da P&G, explicou que a complexidade dos processos industriais

envolvidos na produção destes produtos é muito alta. “É preciso pensar em sustentabilidade, do começo do processo produtivo ao ponto de manufatura, utilizando materiais de forma inteligente”, apontou. “E não pode faltar a comunicação com o consumidor. As empresas precisam atuar para as pessoas fortalecerem sua consciência em relação à economia circular”.

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