• Ana Laura Stachewski
Atualizado em
Odair Renosto, presidente da Caterpillar no Brasil (Foto: Divulgação)

"Não temos mais espaços dedicados com armários e espaços para cada um. Eles vão estar disponíveis para compartilhamento. Vamos ter de aprender com essas novas dinâmicas", diz Odair Renosto, presidente da Caterpillar no Brasil (Foto: Divulgação)

Quando a pandemia da covid-19 atingiu o país, a Caterpillar já tinha uma ideia do que esperar do home office. O modelo estava presente, em pequena escala, na rotina da áreas administrativas. E a empresa tinha na manga um plano piloto para atuar remotamente. Mas, assim com a maioria das companhias, teve de lidar com desafios e surpresas em mais de um ano de crise sanitária.

A edição de junho de Época NEGÓCIOS traz um especial sobre o futuro do trabalho e dos escritórios. Assine e tenha acesso à versão digital.

A experiência, segundo Odair Renosto, presidente da Caterpillar no Brasil, foi positiva. "Evoluímos alguns anos em um ano", define ele. Além de garantir mais segurança a quem atuava nos escritórios, o home office permitiu esvaziar espaços compartilhados com as áreas operacionais, que tiveram de manter o trabalho presencial.

Fabricante de equipamentos para a construção civil, a companhia ainda não tem planos definidos para os próximos meses – a decisão envolve, além da liderança brasileira, a operação global da Caterpillar. A filial dos Estados Unidos voltará gradualmente aos escritórios a partir de julho, o que deve trazer aprendizados e influenciar os projetos nos demais países.

Mas o executivo tem alguns palpites do que vem pela frente, para a empresa e para boa parte do mercado. O principal é que o aprendizado do último ano não reflete a situação futura. "Trabalho remoto numa pandemia é uma coisa, ficar para sempre é outra", diz. O próprio modelo híbrido traz algumas dúvidas, segundo ele. "Em uma reunião mista, quem está participando remotamente tende a se sentir um pouco excluído."

Para Renosto, a tendência é a de que empresas expandam a utilização do home office, mas ainda concentrem atividades nos escritórios. A integração de funcionários é um exemplo. "Se um funcionário novo não tem convivência, ele não consegue absorver a cultura da empresa", diz. O nível de adesão também depende do ramo de atuação da companhia. Na Caterpillar, segundo ele, as fábricas dependem dos setores administrativos. "Vamos seguir a decisão global, mas não vejo o trabalho 100% remoto sendo mantido para sempre", avalia.

O executivo também aposta em mudanças na configuração dos espaços. A companhia aproveitou o período de home office para reformar seus escritórios. "Não temos mais espaços dedicados com armários e espaços para cada um. Eles vão estar disponíveis para compartilhamento. Vamos ter de aprender com essas novas dinâmicas."

Quer conferir os conteúdos exclusivos edição de junho/2021 de Época NEGÓCIOS? Tenha acesso à versão digital.

Quer receber as notícias de Época NEGÓCIOS pelo WhatsApp? Clique neste link, cadastre o número na lista de contatos e nos mande uma mensagem. Para cancelar, basta pedir. Ou, se preferir, receba pelo Telegram. É só clicar neste link.