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Investimentos

Reta final para reduzir o imposto de renda e aumentar a sua restituição em 2025

PGBL reduz base de cálculo do IR e proporciona um planejamento para a aposentadoria

Reta final para reduzir o imposto de renda e aumentar a sua restituição em 2025
Plano permite a dedução de até 12% da renda tributável na declaração do Imposto de Renda de 2025. Foto: AdobeStock
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  • Os investidores têm até o próximo dia 31 para aproveitar os benefícios tributários na declaração do IRPF de 2025
  • Realizar o aporte com antecedência ainda em dezembro traz tranquilidade, evitando imprevistos nos momentos finais
  • O benefício fiscal do PGBL não é uma isenção, mas um diferimento do Imposto de Renda

As últimas semanas do ano são intensas nas casas de investimento, que enfrentam uma corrida contra o relógio para atender quem deixou para a última hora, no apagar das luzes de 2024, os aportes no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). A correria é porque os investidores têm até o dia 31 para aproveitar os benefícios tributários do produto, que permite a dedução de até 12% na declaração do Imposto de Renda de 2025.

Com esse movimento, o nvestidor reduz a base de cálculo do seu IR, pagando menos impostou ou até aumentando a restituição.

Um ponto a favor dos retardatários é que só é possível ter uma visão mais clara da renda brutal anual, apenas na reta final do ano,  para calcular o valor ideal de investimento no plano de previdência. Os especialistas não recomendam que se deixe para a última hora, no entanto. Quem deixou para pensar no assunto nesta semana, já corre o risco de não conseguir garantir o benefício para o ano que vem. Realizar o aporte com uma certa antecedência, mesmo em dezembro, traz tranquilidade, evitando imprevistos entre as festas de final de ano.

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“É importante evitar complicações técnicas, como instabilidades ou falhas de transmissão de última hora, que podem comprometer um planejamento feito ao longo de todo o ano. Realizar o aporte com antecedência traz mais segurança”, adverte o especialista em previdência e seguros da Warren, Danilo Carrillo.

Na Warren, aliás, o cliente que ainda não contratou um plano está muito atrasado. Segundo Carrilho, a corretora combinou que o dia 20 de dezembro seria a data limite para isso, considerando o tempo necessário de o plano ficar ativo e elegível para receber aportes até a próxima sexta-feira, dia 27. “Esse planejamento é essencial para garantir que tudo seja processado a tempo”, reforça.

Quem pode investir em PGBL?

No geral, se a pessoa tem uma composição de despesas dedutíveis que superam 20% da renda bruta, ou o limite de R$ 16.754 da tabela simplificada do Imposto de Renda, é mais vantajoso optar pela tabela completa do Imposto de Renda. Nesse caso, contribuições para previdência, gastos com educação, saúde, pensão e outras despesas dedutíveis entram no cálculo.

Como exemplo, um contribuinte com renda bruta anual de R$ 1 milhão, ao usar a tabela simplificada do IR, teria o abatimento limitado a R$ 16.754. Aplicando em PGBL, ele pode deduzir os 12% permitidos para aportes no plano, que somariam R$ 120 mil de vantagem, fora as outras deduções com gastos em educação, saúde, pensão…

A Warren considera como  referência a renda anual superior a R$ 140 mil. Neste caso, um aporte de 12% em PGBL supera o limite de dedução da tabela simplificada, tornando o modelo completo mais vantajoso. “Uma pessoa que tem uma renda inferior pode se beneficiar também. A conta sempre será sobre qual a opção que reduz a base de cálculo”.

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É importante lembrar que o benefício fiscal do PGBL não é uma isenção, mas um diferimento do Imposto de Renda, ou seja, uma postergação do pagamento, com o imposto incidindo sobre o total investido no resgate, e não apenas sobre os rendimentos. Ainda sim, os especialistas afirmam que é vantajoso porque o contribuinte paga menos imposto de renda agora, posterga o pagamento para o futuro e, quando for pagar, pela tabela regressiva, a alíquota será menor. Quem deixa o dinheiro investido por 10 anos, paga apenas 10% de IR.

PGBL é uma conta, não é um fundo

Outro ponto a ser considerado é a característica do PGBL. Diferente do que muitos acreditam, o plano não é um fundo, mas uma conta. Dentro dessa conta, o investidor pode diversificar as aplicações em diversos fundos de investimento. Por exemplo, é possível alocar recursos em fundos de ações, de crédito privado, ou atrelados à inflação, como os fundos IMA-B, que investem em títulos públicos indexados ao IPCA. É possível ter muitos tipos de PGBL na carteira.

“Esse conceito de enxergar o PGBL como uma conta diversificada, e não como um único fundo, ainda é pouco difundido pela indústria”, observa Luiz Fernando Araújo, diretor de Investimentos da Finacap. Para quem deseja uma gestão ativa do portfólio, as diversas opções de PGBL permitem montar uma estratégia personalizada e alinhada aos objetivos financeiros no plano de previdência, observa o gestor.