Contra a inocência do conceito
um chamado à civilização das ideias
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v18i3.34255Palavras-chave:
Conceito, Complexidade, Edgar Morin, GRECOMResumo
Embora seja um instrumento bastante útil e amplamente utilizado pelas ciências, a formulação de um conceito não está livre de deturpações políticas, sociais e epistemológicas. Exatamente por isso, não pode ser tratado como algo trivial ou suficientemente consolidado para não ser questionado, pois, uma vez tratado como algo intocável, o conceito pode se tornar um meio pelo qual cientistas e formadores de opinião se fecham em torno de círculos corporativos que os afastam do grande público e o cegam em relação aos autoenganos produzidos pela própria prática científica. Afastados do grande público, não coparticipam da sua vida. Não coparticiparem, expõem as pessoas às armadilhas dos negacionismos e dos fundamentalismos. Levando isso em consideração, foi que este artigo foi pensado como um anúncio das limitações que envolvem o ato de conceituar e um lembrete de que nossas práticas científicas sempre estarão aquém da realidade, com base no Pensamento Complexo arquitetado por Edgar Morin. O objetivo do trabalho é reafirmar a importância de religar os saberes e provocar debates nas várias áreas do conhecimento sobre suas práticas consagradas pelo tempo e pelo campo científico, dado que uma disciplina apenas não é suficiente para falar tudo sobre o que se debruça. Para demonstrar isso, o trabalho faz uso de uma reflexão qualitativa e bibliográfica dos referenciais teóricos que balizam o Pensamento Complexo, ao descrever detalhes de vivências do Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para que essas vivências sejam tratadas como exemplos concretos daquilo que é tratado bibliograficamente.
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