Blade Runner

representações pós-modernas do olhar e das aproximações entre o eu e o outro no cyberpunk

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v18i3.34111

Palavras-chave:

Cyberpunk, Blade Runner, alteridade, androides

Resumo

O seguinte artigo tem o objetivo de avaliar a forma como o Cyberpunk concebe a pós-modernidade, especialmente por meio de suas obras mais clássicas. Para isso, a proposição deste artigo se presta a averiguar a forma como o filme Blade Runner promulga debates relacionados à pós-modernidade, com vistas, especificamente, à análise das configurações das personagens e ao processo de rechaço ao Outro. Concebemos que o ensejo à alteridade passa, na pós-modernidade, pela análise e compreensão de obras do universo cyberpunk justamente por essas tratarem de sujeitos híbridos, periferizados e, comumente, segregados nas representações artísticas a funções secundárias. Essas obras, dessa forma, encapsulam muitas das problemáticas e das formas de manutenção de preconceito ainda perceptíveis nas sociedades pós-modernas. Assim, objetiva-se fundamentar uma interpretação a respeito do filme Blade Runner como exemplo desse formato clássico para o gênero, a partir de uma premissa simples: como os olhares e as designações das personagens absorvem e sustentam debates a respeito de nossa forma de coexistência. As contribuições de Dyens (2000), Flisfeder (2021), Jameson (1995) e Zizek (1993) serão utilizadas como fomento a essa indagação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Robert Thomas Georg Wurmli, Rede Alfa de Ensino - ALFA

Doutorando em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel-PR. Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel-PR. Graduado em Letras Português/Inglês e respectivas Literaturas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel - PR. Integrante do grupo de pesquisa "Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura e nas diversas Linguagens". Ex-Integrante do Centro Acadêmico de Letras no campus de Cascavel. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada e Literatura latino-americana, bem como nos estudos e nas relações entre o conteúdo literário e o discurso historiográfico. Para além disso, dedicou-se, posteriormente, aos estudos relativos à Alteridade/Outridade na literatura, por meio do trabalho analítico dentro da área da Literatura Comparada. Atua na docência de nível médio, nas disciplinas de Literatura Brasileira e Análise e Produção Textual, desde 2012, dentro de uma rede de ensino privada nacional. Tradutor Público e Intérprete Comercial do estado do Paraná, em Língua Inglesa.

Referências

BACHELARD, Gaston. A Psicanálise do Fogo. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

BLADE Runner The director’s Cut. Direção: Ridley Scott. Produção: Michael Deely e Ridley Scott. Roteiro: Hampton Fancher e David Peoples. Intérpretes: Harrison Ford; Rutger Hauer; Sean Young; Edward James Olmos e outros. Warner Bros; 1991. 1 filme (117 min), som, color. 35 mm.

BRISTOW, Daniel. ‘To Be Homesick with No Place to Go’: The Phantom of the Sinthome and the Joi of Sex. In: NEILL, Calum (org.). Lacanian Perspectives on Blade Runner 2049. Cham: Palgrave Macmillan, 2021, p. 83-102.

CAMUS, Albert. O homem revoltado. Tradução de Valerie Rumjanek. Rio de Janeiro: BestBolso, 2017.

CONTRERAS-KOTERBAY, Scott. In Anxious Anticipation of Our Imminent Obsolescence. In: NEILL, Calum (org.). Lacanian Perspectives on Blade Runner 2049. Cham: Palgrave Macmillan, 2021, p. 167-188.

CRUZ, Décio Torres. Postmodern metanarratives: Blade Runner and literature in the age of image. 1. ed. Londres: Palgrave Macmillan, 2014.

DYENS, Ollivier. Cyberpunk, Technoculture and the Post-Biological Self. CLCWeb: Comparative Literature and Culture: a WWWeb Journal, 2000, p. 01-10.

FLISFEDER, Matthew. Object Oriented Subjectivity: Capitalism and Desire in Blade Runner 2049. In: NEILL, Calum (org.). Lacanian Perspectives on Blade Runner 2049. Cham: Palgrave Macmillan, 2021, p. 121-138.

JAMESON, Fredric. Pós-Modernidade e Sociedade de Consumo. Novos Estudos CEBRAP: São Paulo. n. 12, p. 16-26, 1985.

LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Tradução de José Pinto Ribeiro. Lisboa: Edições 70, 1980.

McGOWAN, Todd. Between the Capitalist and the Cop: The Path of Revolution in Blade Runner 2049. In: NEILL, Calum (org.). Lacanian Perspectives on Blade Runner 2049. Cham: Palgrave Macmillan, 2021, p. 53-82.

NEILL, Calum. From Voight-Kampff to Baseline Test: By Way of an Introduction. In: NEILL, Calum (org.). Lacanian Perspectives on Blade Runner 2049. Cham: Palgrave Macmillan, 2021, p. 1-11.

TYRER, Ben. Do Filminds Dream of Celluloid Sheep? Lacan, Filmosophy and Blade Runner 2049. In: NEILL, Calum (org.). Lacanian Perspectives on Blade Runner 2049. Cham: Palgrave Macmillan, 2021, p. 13-40.

ZIZEK, Slavoj. Tarrying With the Negative: Kant, Hegel and the Critique of Ideology. Durham: Duke University Press, 1993.

Downloads

Publicado

28-11-2024

Como Citar

WURMLI, R. T. G. Blade Runner: representações pós-modernas do olhar e das aproximações entre o eu e o outro no cyberpunk . Travessias, Cascavel, v. 18, n. 3, p. e34111, 2024. DOI: 10.48075/rt.v18i3.34111. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/34111. Acesso em: 15 jan. 2025.

Edição

Seção

ARTE E COMUNICAÇÃO