Rebeldes (parte 3)
Rebeldes (parte 3)
Sou sempre pelo debate. Mas quero só fazer um esclarecimento rápido antes de continuarmos a discussão (você tem dúvida de que tem sido uma bela e fértil discussão? Então dê uma olhada nos comentários: já acompanhei digressões riquíssimas neste espaço, mas raras vezes li com tanto entusiasmo esses retornos). Quero deixar ainda mais claro que este texto em três partes não tem a menor intenção de conseguir uma entrevista com o Racionais. Como já frisei anteriormente, este é um blog de idéias, e gostaria que você o abordasse como tal. Não estou “dando uma indireta”. Sei que é um exercício não muito simples, afinal, trabalho em televisão como um repórter, mas tente lembrar que nem tudo que escrevo aqui tem uma relação direta com o que faço na minha vida profissional – às vezes são só idéias mesmo. Vou complicar um pouco mais as coisas, ao escrever (mais adiante) sobre a relação de Bob Dylan com a imprensa. Mas aqui – sério – estou apenas divagando. Por isso mesmo, vamos limpar qualquer possível viés. Esta é a última parte de um texto sobre dois DVDs, “1000 trutas 1000 tretas” e “No direction home”. Só isso. E vamos retomar com essas palavras:
“Chega um tempo em que a operação da máquina se torna tão odiosa, faz você se sentir tão mal no fundo do coração, que você não pode mais tomar parte nisso. Você não pode nem participar passivamente, e você tem que colocar seu corpo sobre as engrenagens e sobre as rodas e sobre os pedais, sobre todo o aparelho, e você tem de fazê-lo parar, e você tem de indicar para as pessoas que o controlam, para as pessoas que são donas dele, que a menos que você seja livre, a máquina vai ser impedida totalmente de funcionar”.
Não é exatamente um texto sobre música, eu sei. Esse “manifesto”, filmado numa manifestação em Berkley, na Universidade da Califórnia, em dezembro de 1964, foi gritado ao microfone pelo líder do Movimento pelo Discurso Livre (e um dos agitadores mais intensos da época), Mario Savio, pouco antes de ser preso pela polícia – que tentava manter a ordem no meio de um cenários de caos.
A poderosa imagem desse discurso icônico (que, pode ser vista no original aqui) foi incluída no documentário sobre Bob Dylan dirigido por Martin Scorsese. Não tem a ver com música, repito, mas vem bem a calhar para ilustrar a paixão com que as questões mais fundamentais da sociedade estavam sendo discutidas naquela época turbulenta. É nesse cenário cultural que as canções de Dylan se destacaram. Ele era o homem com a mensagem certa, na hora certa – e para os ouvidos certos. A mesma paixão que Mario Savio transpira no seu manifesto contra as máquinas está em cada performance de Dylan editada em “No direction home” (nos “extras” é possível ver várias dessas apresentações por inteiro). E, a cada uma delas que eu assistia, me vinha a pergunta: por que não tem ninguém fazendo isso agora? Ou será que tem?
Mais o acaso jogou a meu favor: não escolhi ver o DVD do Racionais junto com o de Bob Dylan à toa. Hoje tem gente mandando mensagens importantes sim – mas tem relativamente pouca gente ouvindo. Você também desconfia da postura de Mano Brown? Atenção: ao contrário do que vários comentários da semana passada diziam, o discurso do Racionais não é pela violência nem pelo crime: é simplesmente um reflexo das duas coisas. Só que, como já disse Caetano, “Narciso acha feio o que não é espelho” – e aí… bem, e aí que cada um escuta o que quer… Para mim, o que eles dizem é importante – independente do lado da ponte que você está.
Não é fácil vender esse tipo de artista. Conforme aprendi no documentário (só lembrando, nunca fui um “dylanmaníaco” nem li uma biografia do artista até hoje – mas acabo de encomendar “Chronicles: volume one” numa livraria virtual), nenhuma gravadora (nenhum braço da mídia poderosa, para traduzir em dialeto contemporâneo) queria assinar um contrato com Dylan no início de sua carreira. “Muito estranho” ou “muito diferente do que o público queria ouvir”, eram as alegações mais freqüentes. Mas sempre tinha alguém que lhe dava uma chance – ou, colocado de uma maneira mais clara, tinha sempre alguém que parava para ouvir o que aquele cara não parava de cantar. Mesmo num documentário tão bem feito como esse, a ascensão, passo a passo, do mito Dylan não fica bem esclarecida, mas o que se percebe é que, de uma maneira ou de outra, ele se fez ouvir. E mesmo as letras mais inflamatórias, mais ofensivas à conservadora sociedade americana (algo que equivale ao que hoje se chamaria de “elites”), acabavam sendo registradas e propagadas para um público que só crescia – e no mundo todo.
Dylan parecia não ter o menor interesse em nenhuma outra engrenagem do seu sucesso que não as próprias músicas. A construção da sua imagem de “incendiário” deve-se muito mais à mídia mal-informada e à fantasia dos fãs do que ao próprio artista – outro aspecto de sua carreira que o documentário deixa claro. Seu foco é a canção. Para mostrá-la, ele atravessa (como já contei semana passada) entrevistas aborrecidíssimas – como se fossem um pedágio para ele poder tocar na TV. E, claro, quando já não precisava de nenhuma espécie de divulgação para mostrar seu trabalho, sumiu da mídia. Em meados dos anos 60, teve uma recaída e orquestrou, com maestria, um dos momentos mais constrangedores da sempre complicada relação entre artistas e jornalistas (mais sobre essa entrevista histórica daqui a pouco). Mas o fato é que ele foi ficando cada vez mais radical. E todo mundo ouvia.
A certa altura tem-se a impressão de que ele “encheu o saco” de tudo. Ou quase tudo: era só a música que importava. É sintomático quando, ao falar sobre as gravações de “Highway 61 revisited”, o produtor musical Bob Johnston comenta sobre Dylan: “Eu acho que Deus, no lugar de tê-lo tocado nos ombros, deu-lhe foi um chute na bunda”. Teria ele enlouquecido? Qualquer um que ouça o álbum – hoje – sabe que não. Mas note que eu coloquei o “hoje” na frase anterior. Na época Dylan foi massacrado pela imprensa – e pelos fãs!
Entre as performances mais curiosas resgatadas em “No direction home” está uma apresentação em Newscastle, na Inglaterra, em 1966. Vaias e comentários afiados pipocam entre versões emocionantes de clássicos como “Like a rolling stone”. Dylan disfarça, vai em frente com o show, mas dá para perceber que está um pouco perplexo com a reação. A platéia quer o “velho” Dylan… Dane-se a platéia! Naquela noite – e em toda a sua turnê européia daquele ano – ele fez o que achava que tinha que fazer. No palco e fora dele.
Ao sair do show em Newcastle, ele desabafa com os músicos, já dentro da limusine, que é difícil até afinar os instrumentos enquanto as pessoas estão vaiando… mas quem disse que ele muda uma nota? Em outro momento, um casal de fãs ingleses pede autógrafo pela janela entreaberta do carro – e ele se recusa a dar. “Qual é o seu problema Bob?”, perguntam os fãs desconcertados. E isso não é nada se comparado ao tratamento glacial que ele dá à imprensa européia. Em Estocolmo, quando um fotógrafo pede para ele posar “mastigando” os óculos, Dylan inverte a situação e ridiculariza quem fez o pedido. “Eu não agüento mais gente como você”, diz ele a um outro repórter. Deveria ser mesmo o limite.
Um ano antes, em dezembro de 1964, ele deu a entrevista histórica que citei acima em São Francisco, Califórnia. A íntegra dessa coletiva já foi lançada em DVD – “Dylan speaks” (que ainda não vi, mas acabei de encomendar pela internet). Mas no documentário de Scorsese é possível assistir, nos trechos selecionados, o circo que o músico montou na ocasião – e a ironia é que, no centro do picadeiro, ele colocou… os jornalistas!
Até agora, o filme que mais me deixava constrangido com minha profissão era “Meeting people is easy”, que retrata parte da turnê mundial do Radiohead, na época de “OK computer”. A obra merece um post só dela qualquer dia desses, mas só para usar como referência, o filme é uma cruel colagem de entrevistas em série (Paris, Japão, Austrália) com a banda. Um massacre de perguntas idênticas, situações claustrofóbicas, embaraçosas tentativas de criatividade (da parte dos jornalistas) e respostas absurdas (da parte da banda) – tem outros elementos também, mas deixe-me concentrar nesses para chegar em Bob Dylan.
Poucas vezes vi retratado o que eu mesmo faço com tanta honestidade: essas entrevistas com artistas e bandas de rock & pop podem sim ser ridículas e repetitivas, automáticas e simplesmente chatas (o esforço, da parte de quem faz – sim, eu – é sempre tentar escapar dessa maldição, mas o próprio documentário do Radiohead mostra como essa tarefa não é simples). Pobre do artista que tem de passar por isso – e, cá entre nós, pobre do jornalista também… Mas mesmo esse tapa na cara do “Meeting people” não é tão humilhante como o que eu vi no encontro de Dylan com a imprensa em São Francisco. Segue um trecho adaptado:
Repórter: Por que as mensagens das suas músicas são sutis?
Dylan: Onde você ouviu isso?
Repórter: Li numa revista de cinema
Dylan: Meu Deus…
Um outro repórter, que se apresenta como “da geração com mais de 30 anos”, pergunta como o músico se auto-definiria. “Como alguém com menos de 30 anos”, é a resposta rápida…
Comentando sobre esse encontro, na entrevista feita para o DVD de Scorsese, Dylan resume bem a situação: “Esse tipo de atividade é surreal”. Ele não tinha resposta para a maioria das perguntas pomposas (quando não pretensiosas) – e, como ele mesmo coloca, nenhum artista deveria ter essas respostas. Aliás, eles nem deveriam participar desse espetáculo que é a mídia! Viva a revolução! O que nos traz de volta aos Racionais.
Ninguém está dizendo aqui que é para eles saírem dando entrevistas. Numa fantasia bizarra, poderia imaginar Mano Brown no lugar de Bob Dylan numa coletiva como aquela – com resultados ainda mais catastróficos (para meus colegas, claro). Mas onde o rapper paulistano poderia pegar alguma inspiração é na maestria com que o músico americano conduz a “cerimônia”. No post anterior, falei sobre Davi e Golias, e, naquela tarde em São Francisco, Bob Dylan dava mais uma lição de como vencer um gigante. Se a sua mensagem – que não era bem aquela que “as elites” estavam a fim de ouvir – conquistou o mundo de uma maneira alternativa, por que não tirar um discurso não menos pertinente (e tão necessário hoje) como o do Racionais para fora do gueto?
Outros tempos, outro mundo – você pode alegar. Mano Brown está certo, dentro da sua lógica: os princípios que regem a carreira do Racionais são venerados pela legião de fãs – e repelidos pelos que ouviram falar deles só “por tabela”. Mas – e aí que eu acho que eles teriam espaço para a trabalhar -, esses mesmos princípios (de fato, toda a mensagem do grupo) são ignorados por uma multidão que poderia abraçá-los. Ou pelo menos refletir sobre o que eles estão falando. Não estou sugerindo aqui uma conversão em massa – apenas uma mudança de prisma. Novos olhares…
Ao insistir na política do “só falo pra quem é igual a mim”, eles jogam fora um enorme público potencial – imagine se Bob Dylan só tocasse em festivais de “folk”… Reafirmo que esses princípios devem sempre ser aplaudidos e respeitados… ainda que, como eu mencionei na semana passada, você não consiga escapar do estranhamento de ver, no palco com a banda, uma cantora que foi a estrela maior de um “reality show” chamado “Fama” (aqui as coisas ficam um pouco confusas… será que eles queriam resgatar a “alma” de Vanessa Jackson? Dar uma lição a ela do tipo: depois de você ter sido usada pela grande mídia nós vamos devolver sua credibilidade? Ou simplesmente mostrar que o Racionais não tem preconceito, nem com quem já passou pelo campo considerado “inimigo”? Essa porém, é agora uma discussão menor – vamos deixar para outra hora). Mas que um dia que eu gostaria que eles dessem um grande salto para frente, e transcendessem esse debate – isso eu gostaria.
Talvez eles estejam tão envolvidos com sua ideologia que nem percebem que podem se preocupar com isso. Como Dylan diz a certa altura de “No direction home”: “você não pode ser sábio e apaixonado ao mesmo tempo”. Mas eu, como fã convertido tanto de Dylan (recentemente) como do Racionais (longa história) só posso desejar que as mesmas idéias que me inspiraram nesses três razoavelmente longos textos – as patrulhas vão ficar loucas… três posts sobre um tema só! – circulem livremente pela cabeça dos grandes ídolos (e de seus fãs) que estão entre nós – e pela dos que ainda estão por vir.
E que siga o debate…
15 outubro, 2009 as 10:20 pm
Não conheço nada de Bob Dylan(vou pesquisar). Só deixo um convite: Pesquisem sobre o FACÇÃO CENTRAL também, atualmente são os artistas mais discriminados do Brasil, mas, é como o que o Zeca Camargo lembrou: “Só que, como já disse Caetano, “Narciso acha feio o que não é espelho”.
Pra quem preferi literatura, um dos integrantes do Facção Central que se chama Eduardo estar para lançar um livro, e isso esta sendo muito aguardado por todos o movimento HIP HOP.
Todo meu respeito ao grande pilar do RAP do Brasil(Racionais mcs).
9 janeiro, 2009 as 3:25 am
parabens zeca,admirei a sua postura
3 outubro, 2007 as 5:10 pm
Como vários outros comentários postaram, também não sou uma grande conhecedora de Bob Dylan ou de Racionais. Aliás, sou uma muito pequena conhecedora de ambos! E confesso que esses três longos e adoráveis posts me deixaram extremamente curiosa e empolgada para conhecê-los melhor.
Aliás, a minha lista dos “filmes que quero ver” e “livros que quero ler” está ficando imensa desde que descobri teu blog!!!!
Um beijo
14 maio, 2007 as 8:42 am
sad
10 maio, 2007 as 5:49 pm
Pôxa Zeca… Adorei, simplesmente A-DO-REI… E olhe que não conheço nada de Racionais, muito menos Bob Dylan…. Mas que deu vontade, ah!! isso deu!!!
Parabéns pelos textos!!!!
Adoro Vc!!!
Bjsssssss
4 maio, 2007 as 5:16 pm
Por incrível que pareça os seus posts me despertaram o interesse por Bob Dylan.
Quanto a discussão sobre os Racionais, considero válida sua opinião, mas não creio que mude alguma coisa, já que eles já abrangem um considerável público mesmo sem estar exposto na grande mídia.
Um abraço
4 maio, 2007 as 4:25 pm
As entrevistas que vemos em No Direction Home são realmente hilárias. Quase não acreditei quando o jornalista pediu para Bob Dylan chupar os óculos. E aquela outra repórter que disse ter lido sobre as letras serem sutis numa revista de cinema?!? Ela nunca deve ter realmente ouvido uma música de Dylan.
A impressão que tenho é que alguns jornalistas chegavam completamente despreparados. Outros, já deviam ter um texto pronto e queriam apenas que o artista dissesse algo que validasse o ponto de vista deles. Uma hora acabava surgindo situações irônicas ou constrangedoras. Foi até bem feito, às vezes.
26 abril, 2007 as 12:35 pm
fala, zeca!
certamente este aqui é um dos cantos que eu mais gosto de visitar semanalmente na web!
e sobre o dylan, a bibliografia é extensa! já pedi que o marceleza me enviasse dicas de material sobre bode para eu consumir, mas resolvi fazer meu próprio caminho “espiritual” na obra Dele. sugiro as crônicas e tb a biografia magistral que anthony scaduto escreveu sobre ele. o bacana do dylan é que todos os fodões já escreveram e falaram sobre Ele. Assim o que não falta é material de estudo! E quanto mais vc mergulha na obra, mais prazerosa é a trip!
por falar em viagem, tô organizando uma excursão de peregrinos lá pra casa do roberto allen em woodstock. desta vez tô pensando em chamar o kid vinil pra ser o guia da excursão!!!!!
abraços
26 abril, 2007 as 11:01 am
Fazia 2 semanas que eu não aparecia por aqui e qual não foi a minha surpresa ao ser brindada por essa triologia de posts magnífica. Li os três posts de uma só vez, longos, porém gratificantes demais.
Não sou grande conhecedora da obra nem de Dylan nem dos Racionais, mas admiro na medida do meu conhecimento ambos, preferecialmente Dylan que vem de uma época da qual eu sou devota ainda que nem sonhasse em nascer.
Confesso que depois dessa sua brilhante explanação sobre os dvds recém-lançados e um breve histórico das trajetórias desses “rebeldes”, vou me pôr mais a par dessa discussão.
Mais uma vez parabéns.
Posts maestrais.
25 abril, 2007 as 4:07 pm
salve, Zeca! Nós,da perifa, pagamos mó pau pro seu blog. Pena que vc não possa fazer matérias desse tipo na TV… Mas já é um alento, tamos divulgando para quem tem acesso. PÔ, Camila, quanto ressentimento das suas origens,hein? ESTE NOSSO LADO da ponte é tão digno quanto o seu novo lado, nem todos aqui roubam e matam, como pensam seus pares, e vc como viveu DO LADO DE CÁ devia acalmá-los explicando isso. Nada pessoal, mas tá ficando chato… Salve Racionais, Betinho(que Deus lhe guarde) e a todos aqueles que lutam ou lutaram contra as mazelas que dominam o mundo. PAZ, mas sem esculacho!!!
25 abril, 2007 as 3:20 pm
Blonde on Blone, Highway 51, Freewheelin’… só clássicos!
25 abril, 2007 as 1:30 pm
até que enfim o final…
hehehe
Comentei no 1º post deste tema e só voltei hj, adorei o 2º e o 3º confesso q ainda ñ li por inteiro. Mas gostei.
Suas idéias são bem interessantes, nem parece o Zeca que eu vejo aos domingos na TV.
Nem sei pq…talvez pq seja seu trabalho neh…rsrsrs
Mas é bom saber e ver aqui a realidade de pensamento de nossos ídolos, sou sua fã.
bjão
25 abril, 2007 as 11:17 am
zeca, passe no meu blog, botei o vídeozin da like a rolling stone do dvd em homenagem ao dylan… kra, realmente curti mto seu texto, vc podia fazer isso com outros dvd’s. Sempre dando dicas pra gente(como o dvd do radiohead q eu nunca tinha ouvido falar)
25 abril, 2007 as 9:09 am
os racionais já disseram que apareceriam para a grande mídia se o espaço fosse aberto a todos. todos querem os racionais, a periferia contudo é muito mais… querer o brown, um gênio letrista, um ser mítico até, cantando na tv todos querem, contudo, o espaço deve ser aberto a todos.
25 abril, 2007 as 1:09 am
surpreendente a sua recente admiração por bob dylan. sempre te achei um cara ligado ao pop, mas dylan é uma lenda e achava que poucos não o admirassem ou conhecessem sua obra. há bastante tempo sou um grande fã de dylan. gosto do seu blog e tb me surpreendi ao ver uma coluna sua sobre o excelente ricardo villalobos. parabéns, continue surpreendendo seus leitores com diversidade e sem preconceitos.
24 abril, 2007 as 3:07 pm
Zeca, seu assunto sobre rebeldes e minha grata descoberta do rap rendeu assunto no meu blog tbm.
seu paradoxo Bob Dylan e Racionais me deixou mais aberta a este estilo musical que é o rap.
agradeço sua contribuição e se puder passe no meu blog. Abraços
24 abril, 2007 as 12:42 pm
Zeca, esqueci de uma coisa. Já tem traduzido uma ótima biografia do Dylan. Bob Dylan – A Biografia, do Howard Sounes. Este autor é fascinado pelo Bob, já escreveu dois livros que eu sei. Esta biografia deu o que falar quando lançada. Bom, minha sugestão pra ti. Grande abraço!
24 abril, 2007 as 12:24 pm
Dae Zeca! Lendo os comentários, percebemos o quanto é incrível agumas pessoas não terem idéia do que acabaram de ler.. Mas bem, vamos lá: O antigo Bob Dylan sempre foi sucinto e sarcástico, no que dizia sua personalidade à mídia. O que indiretamente soava como um ótimo truque de marketing pessoal. Fiquei interessadíssimo neste filme do Radiohead – uma das minhas favoritas bandas-, não sei se encontrarei, mas tentarei. Esta falta de criatividade ou de disconfiomêtro de alguns jornalistas, sem duvida é algo bem comum mas totalmente vergonhoso para esta profissão q tanto amo. E isso me dá medo- será q serei assim? Por isso acho louvável da parte dos Racionais ignorar este tipo de mídia. Apesar de não fazerem uma música q me agrada, as letras são um retrato fino e real de nossa realidade. Junto a outros artistas q são marginalizados pela sociedade, fazem uma bela crítica, algo q falta neste país, infelizmente. Bom, ótima “trilogia”. té quinta, abração!
24 abril, 2007 as 11:00 am
Cada um com seu jeito revolucionario. Muitos que fizeram coisas do tipo acabaram no Faustão. E não vejo problema nisso, mesmo dando preferencia aos “discretos e racionais”… Comecou a vender muito, a falar muito, perde a graça.
Sou seu fã Zeca, de verdade.
Parabens por tudo e um grande abraço!
24 abril, 2007 as 10:23 am
Resumindo: Ideal seria um dvd dos Racionais com direção do Scorcese e que Bob Dylan nascesse no Brasil.