A L’Oréal Luxo, divisão de luxo do Grupo L’Oréal no Brasil, apresentou no dia 26 de novembro o Afroluxo, um programa pioneiro destinado a enfrentar o racismo no mercado de beleza de luxo no país.
Baseado na pesquisa “Racismo no Varejo de Beleza de Luxo”, desenvolvida em parceria com o Estúdio Nina, o projeto traz dados que evidenciam a discriminação racial enfrentada por consumidores negros nesses ambientes.
Com pilares que abrangem transformar o negócio, empoderar o ecossistema e impactar positivamente a sociedade, o programa conta com parceiros como o MOVER (Movimento pela Equidade Racial), ID_BR, Black Influence e AfroSOU, a rede de afinidade de colaboradores negros do Grupo L’Oréal no Brasil.
Entre as ações do Afroluxo, estão a criação do primeiro protocolo de atendimento de luxo antirracista, treinamento obrigatório para a equipe de vendas e disponibilizado gratuitamente para clientes; auditorias anuais com o Black Mystery Shopper; e a ampliação do portfólio de bases da Lancôme, que terá 22 tonalidades a partir do segundo trimestre de 2025, tornando-se a marca não profissional com maior diversidade para pele negra no Brasil. Além disso, será lançado o Pacto Afroluxo de Enfrentamento ao Racismo nas Lojas de Beleza de Luxo.
Segundo Bianca Ferreira, Head de Comunicação, Sustentabilidade, Diversidade e Inclusão da L’Oréal Luxo, o programa visa transformar o mercado de luxo, desafiando um cenário predominantemente branco. “Mais de 40% dos consumidores de fragrâncias importadas no Brasil são negros. O Afroluxo nasce para quebrar o silêncio sobre o racismo nesse mercado e promover inclusão, com foco em mudar o atendimento, principal barreira identificada pela pesquisa”, afirma.
Pesquisa revela o impacto do racismo no mercado de luxo
A pesquisa “Racismo no Varejo de Beleza de Luxo” investigou como o racismo se manifesta nesse segmento, identificando 21 dispositivos racistas, como olhares discriminatórios, atendimento desinteressado e desconhecimento sobre produtos para peles negras. Foram realizadas entrevistas com 350 consumidores negros de classe A/B, revelando que 91% já sofreram situações de racismo nesses estabelecimentos.
Os dados mostram que 59% dos consumidores apontam o atendente como principal agente de discriminação, levando 52% a desistirem da compra e 54% a não retornarem à loja. “O objetivo é nomear e expor o racismo nesses espaços, quebrando o pacto de silêncio que o sustenta”, ressalta Ana Carla Carneiro, cofundadora do Estúdio Nina.
Eduardo Paiva, Head de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo L’Oréal no Brasil, reforça que o programa é um marco na luta por um mercado mais inclusivo. “Tornar o racismo visível é essencial para combatê-lo. O Afroluxo é uma ferramenta poderosa de mudança, alinhada ao propósito da L’Oréal de criar a beleza que move o mundo”, conclui.