O pai da jovem baleada por agentes da PRF na véspera de Natal em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, afirmou que deu seta para encostar na pista, mas que os policiais chegaram atirando contra o veículo. Segundo Alexandre Rangel, ele e outras quatro pessoas da família estavam indo para uma ceia natalina quando uma viatura ligou a sirene na Rodovia Washington Luiz. Ele começou a parar o carro, mas os policiais atiraram contra a família. O carro tem marca de ao menos sete disparos. No carro, estavam Alexandre, a mulher, as duas filhas, o namorado de uma das meninas e um cachorrinho. Eles saíram de Belford Roxo e estavam a caminho de Niterói. ‘Foram mais de 30 tiros’, diz mãe de jovem baleada por agentes da PRFPF vai investigar agentes da PRF envolvidos no caso; envolvidos prestam depoimento Juliana Leite Rangel foi socorrida por agentes da Polícia Rodoviária Federal, e levada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia. Seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Alexandre foi atingido de raspão na mão esquerda e passa bem. 'Liguei a seta pra encostar e foram metendo bala', diz pai de jovem baleada por agentes da Em um vídeo, o pai contou o que aconteceu. “Ligaram a sirene, eu liguei a seta pra encostar, já foram metendo bala em cima do meu carro, acertou um tiro de fuzil na cabeça da minha filha, 26 anos, mal aberto, sem fazer nada”, explicou. Em entrevista à TV Globo, o pai contou o que a família fez e ainda disse que foi falsamente acusado de atirar contra a PRF. 'O óbvio, no Brasil, precisa ser dito', diz especialista sobre decreto que restringe uso de força por policiaisGovernadores reagem a decreto que restringe uso da força de policiais “Eu falei para minhas filhas, abaixa, abaixa no fundo do carro, abaixa, abaixa. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente, o tiro pegou na minha filha. Já desceu do carro e falou, você atirou no meu carro por quê? Eu falei, nem arma eu tenho, como é que eu tirei em você?”, disse. Segundo relatos de testemunhas, os policiais teriam confundido o carro com o de criminosos. A corporação confirmou que fez o socorro da vítima e informou que uma perícia no local do disparo terminou na manhã desta quarta. No entanto, ainda não houve uma confirmação da PRF sobre a hipótese de que os tiros partiram de agentes. Daniel Silveira volta à prisão após descumprir determinações judiciais do STFVale natalino de agentes de segurança do Rio inclui motel, mas exclui grandes mercados O caso aconteceu um dia depois da oficialização de protocolos de uso da força estipulados por um decreto do Ministério da Justiça. Esse decreto, publicado nesta terça-feira, determina que o uso de armas de fogo seja feito apenas como último recurso, proibindo disparos contra pessoas desarmadas ou veículos que desrespeitem bloqueios, exceto quando houver risco à vida de terceiros ou dos próprios agentes. Além disso, a norma prevê capacitação anual para policiais e o monitoramento de ações por meio de um Comitê Nacional. A família de Juliana tinha saído de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, em direção a Niterói, na Região Metropolitana, para celebrar o Natal. Outro familiar teria sido atingido por um disparo na mão, recebeu atendimento médico e foi liberado. A CBN solicitou um posicionamento oficial da PRF sobre os disparos que atingiram o carro e a conduta dos agentes envolvidos, mas ainda não teve um retorno. Mais recente Próxima Vale natalino de agentes de segurança do Rio inclui motel, mas exclui grandes mercados