Familiares do artesão José Augusto Mota da Silva, que morreu enquanto aguardava atendimento na UPA da Cidade de Deus, na Zona Oeste, estão no Rio de Janeiro em busca de respostas sobre o caso. Apesar de José morar no Rio há 12 anos, toda a família reside em São Paulo. Os parentes pretendem acionar a Justiça contra a cidade do Rio de Janeiro e os envolvidos no episódio. Neste momento, a principal dúvida dos familiares é sobre a causa da morte de José, ainda não estabelecida no atestado de óbito. O IML do Rio faz exames complementares para definir o que causou a morte. Nessa segunda-feira (16), a Secretaria Municipal de Saúde demitiu 20 funcionários da UPA. Entre os dispensados estão quatro médicos; enfermeiros; e porteiros. O Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, vem pontuando que a responsabilidade pela atenção dos pacientes é compartilhada por todos. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, no entanto, acredita que demissões antes das conclusões das sindicâncias instauradas são precipitadas. José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, chegou à unidade, na noite da última sexta-feira, reclamando de fortes dores no estômago. Ele foi submetido a uma triagem às 20h30, mas desmaiou pouco tempo depois, na sala de espera. Após ser levado para a sala vermelha, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. José foi velado e enterrado no último domingo, em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. A imagem de José morto na sala de espera viralizou nas redes sociais. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, que também está sendo apurado pelo Conselho Regional de Medicina, pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Comissão de Saúde da Câmara do Rio. Mais recente Próxima Justiça decreta prisão de suspeito de atirar em turista argentino no Rio