Em entrevista ao Jornal da CBN, o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, falou sobre a tragédia das chuvas que causou 11 mortes. Ele rebateu as declarações de familiares que afirmaram que a Defesa Civil já sabia dos riscos na região e que a tragédia poderia ter sido evitada. Nunes explicou que a cidade foi construída em áreas irregulares, e que a prefeitura realiza fiscalização constante para evitar que as pessoas permaneçam nas zonas de risco. "Mais da metade da cidade é construída em áreas irregulares. Então, ao longo das décadas, a Prefeitura faz o trabalho dela ali de orientação das pessoas para não ficarem naquele local. No nosso mandato, nesses quatro anos que se passaram, nós fizemos, intensificamos as fiscalizações, não permitindo que novas construções nesses locais. E damos todas as orientações para a população que mora nessas áreas para não ficarem naquele local, que a Prefeitura pode estar auxiliando com aluguel social para elas irem para outros lugares, mas a grande maioria das pessoas não querem sair de casa, elas pagam para ver, infelizmente. Então, dentro desse contexto, ao longo dos anos e das décadas, sim, o município sabia que aquele local era, sim, uma área de risco, mas os moradores, todos eles, ao longo das décadas também foram sempre orientados em relação a essa situação. Agora, também é muito complicado você pegar uma senhora de idade que acabou de perder a família, ainda às vezes a ficha nem caiu, e levar, de fato, o que ela fala, com todo o calor da emoção, em relação a esse sentido." Número de mortes vítimas das chuvas em Minas Gerais chega a 24 em 2025Chuvas em Minas Gerais deixam 10 mortos no Vale do AçoZema visita nesta segunda (13) áreas atingidas por chuvas no interior de Minas Gerais O prefeito também declarou que as chuvas registradas em Ipatinga e Santana do Paraíso foram uma surpresa. Segundo ele, a previsão era de um temporal três dias antes da tragédia, e por isso não foi possível alertar a população. "Nós acabamos, sim, sendo surpreendidos porque havia uma previsão de chuvas mais intensas para dois ou três dias anteriores ao dia, de fato, desse temporal. Na madrugada de sábado para domingo que veio aquela grande chuva." "As pessoas não foram informadas, porque nós aqui também não tínhamos essa informação (...) Como eu disse anteriormente, a informação que nós passamos foi de cerca de dois, três dias, aproximadamente, antes desse temporal, e veio aí na madrugada de sábado para o domingo." Ouça a entrevista completa: Mais recente Próxima 'Lei que proíbe uso de celulares nas escolas é um grande consenso', afirma especialista