Foi aprovada em segundo turno a PEC que faz parte do pacote do corte de gastos por 348 votos a 146, ou seja, com uma com uma margem maior do que no primeiro turno, com quatro votos a mais. O governo e a oposição discutem também os destaques a esse projeto. Esta PEC trata do acesso ao benefício do abono salarial. Conforme o texto do relator, se mantém os valores para quem ganha até dois salários mínimos -- o abono é de um salário por ano funcionando como um 14 salário -- e a ideia é restringir, nos próximos anos, até um salário mínimo e meio. A medida também altera repasses do Fundeb (Fundo da Educação Básica), e também tenta limitar os supersalários no funcionalismo público. O relator desse projeto de lei, Isnaldo Bulhões, falou na tribuna e fez a defesa do projeto, dizendo que é enxuto, mas que colabora para a contenção de gastos. Ele afirmou que não haverá qualquer prejuízo para os beneficiários do BPC e acabou reduzindo muito as restrições ao acesso a esse benefício. O líder do governo, José Guimarães, afirmou que os ajustes feitos preservam a espinha dorsal do projeto: "Nós estamos fazendo como sempre o presidente Lula nos disse, a matéria quando o executivo manda para esta casa, ela é aperfeiçoada, as pequenas mudanças, os ajustes que nós fizemos preservam a espinha dorsal do ajuste fiscal que o governo está fazendo. Mantivemos coisas muito importantes, sempre com a preocupação de fortalecer o novo arcabouço fiscal, as novas metas ficais do Brasil, portanto, eu penso que esse momento é muito forte para o Brasil, é uma demonstração de que a Câmara está dando uma contribuição muito grande para o Brasil e evidentemente para o nosso governo." Sobre a alta do dólar, o deputado diz que vê especulação e que é "nociva" para o país: "Eu não sei por que o mercado especula tanto. A gente faz tudo e eu não sei, sinceramente, eu não sei, eu queria entender por que essa especulação tão grande. O governo está fazendo a responsabilidade fiscal, crescimento econômico, inflação dentro do centro da meta mais ou menos ali, eu não sei porque fica essa especulação toda, isso é ruim para o país, é nocivo ao interesse do Brasil." Mais recente Próxima Câmara aprova em 1º turno o texto-base da PEC do pacote fiscal