Nos documentos divulgados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes consta que na delação em depoimento à Polícia Federal, o tenente coronel Mauro Cid disse aos investigadores que o general Braga Netto tentou ter acesso a informações da delação premiada dele em contato com o pai de Cid, o general Mauro César Lourena Cid. Cid reforçou os detalhes de que o general entregou em sacolas de vinho dinheiro para financiar os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Inclusive, questionado sobre a origem desse dinheiro, o tenente coronel Mauro Cid teria dito que esses recursos foram obtidos junto ao pessoal do agronegócio. A Procuradoria-Geral da República disse que, tanto Braga Netto, quanto o braço direito dele, o coronel da reserva Flávio Peregrino, atuaram na tentativa de interferir na delação do tenente coronel Mauro Cid em âmbito do inquérito da trama golpista. Ao se manifestar favoravelmente à prisão preventiva do general Braga Netto, o procurador Paulo Gonet cita que, tanto o general, quanto o Flávio Peregrino, estavam associados ao propósito de uma tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e execução de golpe de Estado contra o governo legitimamente constituído. E que os dois atuaram para obstruir as investigações, interferindo nas informações da delação premiada do tenente coronel Mauro Cid. Mais recente Próxima Moraes derruba sigilo de decisão que pediu prisão de Braga Netto: 'ações gravíssimas'