Thássius Veloso
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Os consumidores brasileiros passam mais tempo com os aparelhos eletrônicos. Diante disso, fabricantes estão se movimentando para melhorar as condições de venda e atrair a clientela em busca de smartphones que duram mais. Nas últimas semanas, duas importantes marcas fizeram gestos no sentido de reconhecer e prestigiar o consumidor em busca de melhores condições

A gigante chinesa dos smartphones Oppo reforça a aposta por aqui com a promessa de dois anos de garantia. Numa conversa com este colunista, o presidente internacional da Oppo explicou que os telefones são projetados para durar mais, contam com uma fabricação de ponta, e que por isso a clientela pode ficar despreocupada para acionar o atendimento ao consumidor durante 24 meses.

Trata-se de uma iniciativa robusta e pouco comum, já que indústrias de smartphone costumam oferecer somente um ano de garantia. Além disso, ajuda a divulgar o nome da Oppo e colocar pressão em cima das velhas conhecidas. Apesar de novata por aqui, ela já abocanha o quarto lugar entre as maiores do planeta, segundo a Counterpoint Research.

Já a sul-coreana Samsung apresentou o primeiro produto da categoria intermediária com atualizações de sistema pelos próximos seis anos. Isso significa que a linha do Galaxy A16 começa a ser vendida em dezembro de 2024 e terá tanto novas versões do Android quanto proteções digitais mais modernas até 2030.

Um dos representantes da companhia explicou que o tempo médio de permanência com o telefone passou de 2,9 para 3,7 anos no Brasil. Já que as pessoas contam com o item por um período mais prolongado, o desafio é projetar aparelhos Galaxy que “duram mais”.

A Samsung atualmente oferece a mais robusta política de atualizações do mercado. Os produtos premium recebem os chamados “updates” por sete anos, um diferencial competitivo em relação à Apple (cinco anos), Motorola (até três anos) e Xiaomi (cuja falta de transparência costuma ser criticada).

Teremos de ver se os gestos da Oppo e da Samsung provocam as concorrentes a fazer mais pelo consumidor. Seria bem-vindo – ainda mais ao considerar que os telefones estão com os preços nas alturas, e sem previsão de cair.

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