O oficial sênior do exército russo Igor Kirillov, de 54 anos, e um assessor dele foram mortos em uma explosão perto de um prédio residencial no sudeste de Moscou na manhã de terça-feira (17), segundo Comitê Investigativo Russo, que é responsável pelas principais investigações no país. O ataque sem precedentes foi reivindicado por Kiev em meio à ofensiva russa na Ucrânia, em andamento desde fevereiro de 2022. Um dispositivo explosivo teria sido colocado em uma moto do tipo scooter estacionada perto do edifício. E teria sido acionado à distância matando na hora o general de alta patente e comandante das Forças de Defesa Radionuclear, Química e Biológica da Rússia, Igor Kirillov, no cargo desde abril de 2017. Testemunhas no local relatam barulho muito alto da explosão e um clarão. A entrada do prédio ficou danificada. Kirillov foi sancionado em outubro pelo Reino Unido por “implantação de armas químicas bárbaras na Ucrânia”. O atentado contra o general, ato raro na capital russa, que é fortemente protegida, foi imediatamente reivindicado pelos serviços de segurança ucranianos, o SBU, que já haviam acusado o general russo de “crimes de guerra”, na segunda-feira, por ter ordenado, segundo Kiev, o uso de armas químicas contra as tropas ucranianas. Desde fevereiro de 2022, mais de 4.800 casos de uso de “munições químicas” pelo exército russo foram registrados, disse a agência de inteligência SBU. As autoridades russas rejeitaram repetidamente essas acusações, descrevendo-as como “absurdas”. Líderes russos reagiram alegando tentativas de intimidação por parte de Kiev. O ex-presidente russo Dmitri Medvedev disse que as tentativas da Ucrania de "impedir o avanço do exército russo e de semear o medo estão fadadas ao fracasso”. A Rússia abriu uma investigação sobre ‘assassinato’, ‘atentado’ e ‘tráfico de armas’ sobre o atentado contra o general russo em Moscou desta terça. Logo em seguida à explosão, o exército da Rússia reivindicou a captura de uma nova cidade no leste da Ucrânia, Gannivka. Nessa segunda (16), o presidente russo Vladimir Putin elogiou suas tropas pela "conquista 189 cidades ucranianas em 2024” cerca de 4.500 km2 do território ucraniano e pelo avanço constante diário do exército. Mais recente Próxima Macron nomeia aliado da 'velha guarda' centrista François Bayrou para primeiro-ministro da França