Agricultores franceses protestaram pelo terceiro dia consecutivo contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Um dos receios dos produtores é de que o tratado torne os produtos agrícolas sul-americanos mais baratos no território, reduzindo a competitividade das mercadorias europeias. O acordo, negociado há mais de 20 anos, é apoiado pelos governos da Espanha e Alemanha, mas sofre oposição do presidente da França, Emmanuel Macron. Para protestar contra o tratado, agricultores franceses bloquearam estradas, jogaram estrume em frente a prédios de prefeituras francesas e chegaram a esvaziar tanques de vinho que vinham da Espanha, país que lidera as negociações com o Mercosul. Nesta quarta, o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicou em suas redes sociais um comunicado no qual diz que a gigante francesa do varejo assume o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul. A carta é endereçada ao presidente do sindicato francês da Federação Nacional dos Operadores Agrícolas. O CEO alega que o acordo de livre-comércio do Mercosul com a União Europeia gera o risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas. Alexandre Bompard não detalha se todas as lojas do Carrefour da Europa vão parar de comprar carne do Mercosul, ou se a medida envolve apenas o Carrefour França. O Grupo Carrefour Brasil informou que a medida em nada muda nas operações no País, indicando que os supermercados do grupo em território nacional irão continuar comprando normalmente carne de frigoríficos brasileiros. Mais recente Próxima Aliança Global Contra a Fome é 'norte' a ser usado pelos países, diz diretor da Ação da Cidadania