Com mais de duas horas de show, Keane emociona público com 'mimos' para fãs no Rio; veja setlist

A apresentação no Vivo Rio, na Zona Sul da cidade, foi com a casa lotada e se deu para um público empolgado, que cantou cada faixa de “Hopes and fears”, trabalho que levou Tom Chaplin e companhia ao estrelato, em 2004.

Com um pequeno atraso de 15 minutos, os ingleses abriram a noite com "Can't stop now", sétima faixa do disco celebrado na turnê, que já passou pela Europa e Estados Unidos. Em seguida, Chaplin ainda se arriscou no português.

"Muito bom estar de volta. Como vocês estão?", disse ele, comemorando que conseguiu falar a língua dos anfitriões. "Estou aprendendo português", emendou o vocalista, que foi ovacionado, principalmente depois de revelar que em Curitiba não tinha falado português.

Mas esse foi só um dos "mimos" da banda para os fãs. Foram mais de duas horas de apresentação, com cinco músicas a mais, algumas delas poucas vezes cantadas, como "The frog prince", do segundo álbum, "Under the iron sea", de 2006.

A faixa dá nome a um fã-clube do Keane, o grupo que estava mais empolgado. Foi em homenagem a eles que Chaplin decidiu incluir "The frog prince" no repertório, acrescentando que a banda não tocava a canção havia 14 anos. "Foi um grande desafio", disse ele.

Os fãs retribuíram o carinho. Cada momento de silêncio, entre uma música e outra, era preenchido com gritos de "Olê, olê, olê, Keane, Keane", o que deixou os integrantes da banda visivelmente emocionados.

Emoção também define o que sentia a Adriana Silva, de 41 anos. Ela contou que começou a acompanhar a banda com o segundo álbum, mas estava empolgada de poder conferir as músicas do álbum anterior ao vivo. Ela viajou de Recife para Rio só para ver os ídolos.

"É o meu quarto show deles, e é sempre uma qualidade muito grande. Acho eles meio melancólicos, e isso conversa bem comigo, sou meio assim. 'Hopes and fears' é meu segundo álbum favorito, porque meu sonho mesmo é que eles façam uma turnê de 20 anos de 'Under the iron sea'", disse.

Já o carioca Leonardo Vilela, de 53 anos, conheceu a banda levado pelo algoritmo de uma plataforma de streaming, por onde ouvia outro grupo britânico, o Coldplay. Diferentemente da Adriana, era a primeira vez dele num show do Keane.

"Sempre quis escutar (a banda) ao vivo. E aqui no Vivo Rio é melhor, que é uma casa pequena, em vez de ser festival, que a gente fica muito longe", comemorou.

Um dos momentos mais emocionantes do show foi quando Tom falou da época em que teve problemas com drogas e desilusões amorosas. Em seguida, apresentou sozinho, no piano, a faixa "Hamburg Song", que tem versos como "I wanna be the place you call home" (Eu quero ser o lugar que você chama de lar", em inglês).

Mas o auge da apresentação ficou para o final, com o maior hit da banda, "Somewhere only we know", que encerrou a primeira parte do show. Depois de 20 músicas, o Keane ainda voltou para mais seis, entre elas, "Under pressure", do Queen.

Tom Chaplin ainda agradeceu aos fãs pelos 20 anos de apoio e prometeu voltar "muito em breve".

A banda encerra a quinta passagem pelo Brasil neste sábado (9), em São Paulo. Os ingressos já estão esgotados.

1. Can’t Stop Now  

2. Silenced by the Night  

3. Bend & Break  

4. Your Eyes Open  

5. Nothing in my way 

6. Spiralling

7. Sunshine

8. The way I feel

9. The frog prince

10. You are young

11. Everybody’s changing

12. Hamburg song

13. Untitled 1

14. A bad dream

15. Perfect Symmetry

16. Is it any wonder?

17. She Has No Time  

18. This Is The Last Time  

19. Crystal Ball

20. Somewhere Only We Know

21. Snowed under

22. Neon river

23. We Might As Well Be Strangers 

24. Sovereign Light Café

25. Under pressure (cover do Queen)