Thássius Veloso
Por — Rio de Janeiro

Não se tem notícia de nenhuma outra multa como a enfrentada pelo Google na Justiça da Rússia: US$ 20,5 decilhões. Muito maior do que milhões, bilhões ou até mesmo os trilhões de dólares que frequentemente aparecem no noticiário sobre as gigantes da tecnologia, o decilhão é representado por um número seguido de 33 zeros.

É uma quantia simplesmente impagável. A coluna consultou ChatGPT, Copilot, Gemini e outros assistentes de inteligência artificial. Todos são unânimes em dizer que o decilhão é tão distante da nossa realidade que é utilizado principalmente em cálculos como os da física teórica, por exemplo.

Ainda assim, esta é a quantia que o Google deve aos russos depois de serem processados por diversos jornais daquele país – variados alinhados ao Kremlin. As publicações questionavam o bloqueio de suas páginas nos resultados de busca da empresa, que foi adotado principalmente a partir de 2020, por conta dos inúmeros conteúdos classificados pelo buscador como mentirosos ou enganosos.

A Justiça da Rússia adotou um curioso mecanismo de aplicação de multa: ela dobra a cada semana, o que resultou num crescimento exponencial.

Por enquanto, o Google ainda não se pronunciou sobre o tema, que ganhou destaque da imprensa russa nos últimos dias. A empresa vive uma delicada relação com aquele país. Do ponto de vista oficial, seus serviços continuam acessíveis aos russos, mas pesquisas sensíveis a Moscou podem ser bloqueadas pelos provedores de internet locais, a mando do governo.

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