O general Lúcio Alves de Souza, comandante da operação das Forças Armadas no G20, afirmou que a Cúpula de Líderes ocorreu “conforme o planejado” e sem incidentes envolvendo os chefes de Estado participantes. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o general destacou o emprego de 22 mil militares na megaoperação de segurança. A ação contou com mais de 700 viaturas, 36 veículos blindados e pontos fortes em 49 locais de hospedagem das autoridades. Além disso, equipes foram designadas para escoltas terrestres e aéreas, enquanto grupos especializados realizaram análises químicas, nucleares e varreduras antibomba. Lúcio Alves de Souza relatou que a única ocorrência de maior destaque foi um ataque a uma tropa de paraquedistas, no domingo, por traficantes do Comando Vermelho, na Linha Amarela. O general minimizou o episódio, afirmando que “disparo não escolhe farda”. "Um disparo, ele não escolhe farda, ele vai atingir qualquer farda. Então, numa situação daquela, eu queria ser reforçado e não importa se foi uma tropa do exército que reforçou outra ou se foi a polícia militar ou nós que reforçamos a polícia militar, o que importa é que quando tinha uma tropa que estava sendo empregada junto comigo, eles foram lá para dar suporte", afirmou. O foco principal da operação foi o Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), na Zona Sul, onde ocorreram as reuniões da Cúpula, marcadas pela maior presença de presidentes na história do G20, incluindo Joe Biden, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China. O MAM está localizado próximo ao aeroporto Santos Dumont, que foi fechado temporariamente durante o evento. Segundo o general, o atentado de 11 de setembro, nos Estados Unidos, foi um dos motivos que justificaram a interdição, destacando a importância do controle do espaço aéreo em operações de segurança. "O fechamento do aeroporto foi fundamental não só para as forças armadas, mas para todo o dispositivo que tinha sido montado, porque tinha dois aspectos. Um eram as aeronaves pousando e decolando tão próximo ali do MAM. Depois do evento de 11 de setembro, ficou a lição. E a outra questão seria o fluxo de pessoas na região do aeroporto para tomar seus voos. E isso ia impactar na movimentação dos batedores, porque aquela área era uma área de estacionamento deles, estacionamento dos comboios, então se tivessem pessoas indo pegar seus voos ou serem recebidas", explicou. No âmbito marítimo, a operação incluiu a utilização de cinco navios e 18 embarcações para proteger a região da Cúpula. O general destacou que o principal legado do G20 para as forças de segurança foi a ampliação da integração e do diálogo entre as instituições, que trabalharam em parceria ao longo do evento. Mais recente Próxima Castro elogia G20, mas diz que Brasil ‘perdeu oportunidade’ ao não tratar sobre entrada de armas