Quase dois dias após o desabamento parcial da ponte entre os estados do Tocantins e Maranhão, 14 pessoas ainda estão desaparecidas. A tragédia já resultou em três mortes confirmadas. Até o momento, apenas uma pessoa foi resgatada com vida no dia do desabamento: um homem que estava acompanhado pela esposa e filha, ambas ainda desaparecidas. No momento do colapso, ocorrido no último domingo, dez veículos estavam na ponte, que caiu no Rio Tocantins. Entre os veículos estavam motos, carros de passeio, caminhonetes e três caminhões. A busca pelos desaparecidos foi suspensa naquele dia devido ao risco de contaminação, pois dois dos caminhões estavam carregados com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. A identificação dos desaparecidos foi realizada pelos familiares, que confirmaram que as vítimas estavam na ponte no momento do desabamento. Até agora, a lista inclui 12 adultos e 2 crianças. Além das vítimas, a tragédia também causou impactos ambientais, principalmente com o vazamento de ácido sulfúrico, que afetou o abastecimento de água em 10 municípios do Tocantins e 8 no Maranhão. A população foi alertada para evitar o contato com as águas devido ao risco de contaminação. Em relação à estrutura da ponte, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que técnicos estão no local desde o primeiro momento para avaliar as causas do acidente. A ponte, com 533 metros de extensão, foi construída na década de 1960, e problemas estruturais já haviam sido denunciados por moradores das cidades da região. O Ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou ontem, durante coletiva de imprensa, o decreto de estado de emergência devido ao desabamento e afirmou que mais recursos serão destinados para garantir a reconstrução imediata da ponte. Ele também informou que foi aberta uma sindicância para investigar as causas e responsabilidades pelo colapso. Mais recente Próxima BYD revoga contrato com construtora denunciada por trabalho análogo à escravidão