Os corpos de cinco vítimas do acidente que matou 41 pessoas na BR-116 em Minas Gerais, foram liberados, nesse domingo, para velório e enterro. 36 ainda passam pelo processo de identificação no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. A informação foi divulgada pela TV Globo. Os familiares das vítimas estão sendo atendidos em um posto montado pela Polícia Civil, ao lado do IML de Belo Horizonte. Mas a coleta de material genético de parentes das vítimas pode ser realizada em qualquer Posto Médico-Legal no país, seja ele do estado de Minas Gerais ou de outras unidades da federação. Além disso, seguem as investigações sobre as causas do acidente que envolveu uma carreta, um ônibus e um carro de passeio. O motorista da carreta está sendo procurado. Ele estava com o direito de dirigir suspenso, após se recusar a fazer o teste do bafômetro em uma blitz em 2022, e ter a CNH apreendida. Testemunhas do acidente afirmaram ter flagrado o veículo trafegando em zigue-zague e invadindo a contramão, minutos antes da colisão. O relato foi divulgado à CBN por Bruno da Silva Ribeiro, irmão do motorista do coletivo, que morreu na tragédia. "Um amigo do rapaz que trouxe a gente aqui falou que passou pouco antes do acidente acontecer e tinha um carreteiro fazendo zigue-zague na pista, cortava um, voltava, cortava outro e, momentos depois, escutou o barulho do acidente. Fiquei sabendo do acidente através de reportagem de terceiros de onde eu moro, porque a empresa mesmo não prestou nenhum apoio até agora. Ficou de vir aqui no IML e não apareceu representante nenhum. Agora nós queremos justiça, porque se o motorista percebeu alguma coisa de errado no caminhão, a obrigação era dele de ter parado, mas a imprudência dele foi maior." O trecho onde o acidente ocorreu é em declive e curva. No momento, a principal linha investigativa da Polícia Civil mineira sobre a dinâmica dos fatos é que uma pedra de granito, que estava sendo transportada pelo caminhão, tenha se desprendido, colidindo com o ônibus e causando um incêndio. O carro de passeio seguia viagem no sentido Bahia, atrás do ônibus e, ao tentar desviar, colidiu com a traseira da carreta. Porém, os ocupantes do carro de passeio que tiveram apenas ferimentos leves, disseram que o pneu do ônibus estourou. A polícia também diz que, segundo o levantamento das notas fiscais, é possível indicar, de maneira preliminar, que havia excesso de peso no transporte da pedra, indicativo que, se comprovado, também pode resultar na responsabilidade criminal do condutor da carreta. O ônibus saiu de São Paulo e tinha como destino final a cidade de cidade baiana de Elísio Medrado, a cerca de 230 km de Salvador. Também estava prevista uma parada em Vitória da Conquista, onde 21 passageiros iriam desembarcar. Mais recente Próxima Buscas por mais vítimas na queda de avião em Gramado (RS) são encerradas nesta madrugada