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Por — Brasília

A Polícia Federal prendeu cinco pessoas na operação Contragolpe. Os alvos são suspeitos de terem planejado um golpe de estado para impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022.

Além dos cinco mandados de prisão, os agentes federais cumprem três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

Despacho de Moraes

No despacho do ministro Alexandre de Moraes autorizando a operação, há a justificativa de trocas de mensagens entre o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e diversos outros militares envolvidos nessas apurações do golpe. Uma das mensagens, inclusive, de Cid é para o então comandante do Exército General Freire Gomes, em que ele pede para que Freire Gomes vá até o Alvorada conversar com Jair Bolsonaro, que depois de perder as eleições de 2022 ficou recluso. Segundo Cid, o ex-presidente estava sofrendo uma pressão maior por parte de parlamentares para dar um golpe.

Cid diz que Bolsonaro, inclusive, enxugou um decreto, mas que gostaria de conversar ainda com Freire Gomes.

Há informações também de troca de mensagens entre Mauro Cid e Marcelo Câmara, que era seu auxiliar na ajudança de ordens da Presidência da República, em que Câmara passa informações do monitoramento de rotas e da portaria em que Lula e Geraldo Alckmin entrariam no TSE para ser diplomados em dezembro de 2022.

Moraes confirma que os militares que estavam planejando esse plano, estavam atuando nessa tentativa de golpe de Estado, utilizaram inclusive veículos do Exército para executar esse planejamento e estavam prevendo a execução do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A previsão era disso ocorrer no dia 15 de dezembro de 2022. Eles ainda habilitaram linhas de telefonia móvel em nome de terceiros para poder montar um grupo em um aplicativo de mensagens e deram o nome desse grupo de Copa 2022.

E aí cada um deles acabou recebendo um codinome associado a países como Alemanha, Áustria, Brasil, Argentina, Japão e Gana, exatamente numa tentativa de não revelarem suas verdadeiras identidades. E criaram o grupo e começaram a trocar mensagens planejando a organização desse golpe de Estado.

Eles compartilharam mensagens no dia 15 de dezembro de 2022 por meio de um aplicativo e tentaram organizar a execução desse golpe de Estado.

Segundo o despacho do ministro Alexandre de Moraes, é plenamente plausível que, inclusive, a pessoa de codinome Gana estivesse próxima à residência do ministro Moraes nesse dia 15 de dezembro de 2022. A informação, em troca de mensagem, é que essa pessoa, inclusive, simulou um trajeto a pé entre a residência de Moraes aqui em Brasília e um shopping na área central de Brasília.

Na visão dos investigados, havia essa programação de ter uma prisão ilegal e possível execução do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com o uso de técnicas militares e terroristas, além do possível assassinato dos candidatos eleitos Lula e Geraldo Alckmin.

Segundo a PF, a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE). A origem do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, é das forças especiais.

Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos eleitos, Lula e Geraldo Alckmin.

O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.

Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.

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