A Emtram, empresa responsável pelo ônibus envolvido no acidente da BR 116, disse que o principal desafio no momento, durante o processo de identificação, é a comunicação entre os postos médico-legais dos estados brasileiros, já que a maioria das vítimas não era de Minas Gerais e a coleta de material genético para identificação está sendo realizada pelos familiares nas próprias cidades em que residem. Na tarde desta segunda-feira, o advogado da Entram, Igor Lopes, esteve na Academia de Polícia de Minas Gerais, onde as forças de segurança montaram um ponto de apoio para os familiares das vítimas do acidente. Ele detalhou a situação atual do processo e a atuação da empresa no apoio às famílias afetadas. "Hoje, a dificuldade que a gente tem, principalmente, é identificar os postos em que as famílias já foram. Até porque isso atrasa o trabalho da Polícia Civil. A gente não consegue dar um suporte adequado para quem está aqui. Então o trabalho da Emtram tem sido amparar. A empresa já colocou a equipe psicológica toda para amparar as famílias. Hoje, a equipe de peritos tem uma necessidade: que as famílias que já tenham comparecido as unidades regionais, seja na Bahia, seja em Minas Gerais, que elas, comuniquem da melhor forma possível. A gente está à disposição pra isso pra que a Polícia Civil consiga organizar isso." O acidente envolveu um ônibus de turismo, uma carreta bitrem e um carro de passeio na BR-116, em Teófilo Otoni no Vale do Mucuri. Até o momento, segundo a corporação, doze vítimas foram identificadas e cinco corpos já foram liberados para as famílias. A Polícia Civil de Minas Gerais trabalha com duas linhas de investigação para apurar as causas do acidente. A principal hipótese é que a colisão tenha sido causada pela queda de uma pedra de granito transportada pela carreta envolvida na colisão. Já relatos dos ocupantes do carro de passeio envolvido, que sofreream apenas ferimentos leves, apontam que um os pneus do ônibus estourou. A Polícia Rodoviária Federal enviou, nesta segunda-feira, um grupo técnico da Instituição que irá apurar as causas que levaram ao acidente, como explicou o porta-voz da PRF, Aristides Junior. "A instituição está encaminhando um grupo de técnicos especializados em laudos periciais técnicos administrativos com intuito de verificar as causas principais, ou as causas presumíveis, que acabaram por ocasionar tamanha tragédia na BR-116. A PRF não medirá esforços para tentar elucidar todas as causas que podem ter contribuído para uma tragédia de tamanha repercussão, que comoveu todo o país." Na manhã desta segunda-feira, a PRF acompanhou a retirada da pedra de granito que caiu do caminhão. A pesagem da pedra foi realizada e as informações vão constar em um Laudo Pericial Adminsitrativo de Acidente de Trânsito, que está sendo feito pela PRF. Três pessoas que ficaram feridas na tragédia ainda seguem internadas. Uma mulher foi transferida para um hospital de Vitória da Conquista na Bahia, nesta segunda-feira. Outros três passageiros já receberam alta hospitalar, entre elas, uma criança de 7 anos. Mais recente Próxima Acidente na BR-116: empresa responsável por ônibus divulga nomes das vítimas da tragédia