O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais determinou que a funcionária de um supermercado seja indenizada por danos morais no valor de R$ 10 mil após sofrer ofensas racistas e discriminação no ambiente de trabalho. A decisão da juíza Luciana Nascimento dos Santos determinou a condenação da empresa por não agir adequadamente para proteger a trabalhadora. Em decisão unânime, os julgadores da Oitava Turma do TRT mineiro acompanharam o entendimento da relatora e mantiveram a sentença. A funcionária relatou que, por mais de um ano, foi chamada por colegas com apelidos racistas. Mesmo após a profissional ter informado o fato ao gerente da loja, nenhuma ação foi tomada para cessar as ofensas. No dia 2 de março de 2023, a trabalhadora decidiu registrar um boletim de ocorrência, detalhando os insultos que recebia, o que gerou repercussão interna na empresa. Equipes resgatam ao menos 500 animais afetados por rompimento de barragem em BHJustiça torna réu advogado Raul Rodrigues pela morte da namorada em 2022 Em resposta ao boletim de ocorrência, a empresa repreendeu o empregado responsável pelas ofensas e transferiu a trabalhadora para outra unidade a pedido dela. O supermercado também afirmou que as ofensas eram "brincadeiras" entre colegas e disse que, após o ocorrido, passou a realizar treinamentos para combater práticas discriminatórias. Na decisão, a relatora considerou as ofensas como injúrias raciais graves, destacando que, além de ferirem a dignidade da profissional, o supermercado foi omisso ao tratar o caso como algo trivial. A Justiça do Trabalho de Minas fixou a indenização em R$ 10 mil, levando em conta a gravidade do caso e o impacto emocional sofrido pela operadora de loja. A decisão também destacou que as empresas têm a obrigação de garantir um ambiente de trabalho livre de discriminação e voltado para a preservação e o respeito aos direitos dos trabalhadores. Mais recente Próxima PF realiza combate ao tráfico interestadual de drogas e desarticula organização criminosa