Os sócios Mateus Ferrareto, de 25 anos, e Rubens Stuque, de 28, criaram uma empresa de móveis externos e lifestyle no auge da pandemia. Em 2020, seus produtos caíram nas graças de famosos como Ana Hickmann, Bruno Gagliasso, Giovanna Antonelli e Lucy Ramos. Desde então já faturaram R$ 40 milhões.
Depois de trabalharem com arquitetos como João Armentano e Fernanda Marques, eles decidiram investir na estruturação da venda on-line da marca própria, abriram cinco lojas físicas em pontos considerados estratégicos e têm planos ainda mais audaciosos para 2023: triplicar o faturamento para R$ 115 milhões e expandir o negócio para outros países - incluindo a abertura de uma loja em Dubai.
A Eco Flame Garden teve início em maio de 2020, com a venda do Tacho Corten, uma lareira externa que caiu no gosto de arquitetos e famosos. "Começamos a vender pelo Instagram, pelo digital, e os clientes nos mandavam fotos com os espaços montados. Percebemos que o cliente comprava não só a lareira, mas o momento, sempre com cadeiras ao redor. Lançamos a linha de pufes, em abril de 2021, que é quando de fato temos um crescimento. Tudo aconteceu muito rápido", recorda Mateus.
"Em 2020, estávamos em mais de 800 projetos de grandes arquitetos. Para nós é uma honra, pensamos: ‘é uma peça que as pessoas realmente querem’", comenta Rubens, relembrando como foi feita a logística de pronta entrega, que tornou-se um diferencial para a marca. Transportadoras passavam no 'QG' da fábrica em Salto, no interior de São Paulo, coletando peças semiprontas, que eram entregues em todo o país.
"Na pandemia, o cliente queria tudo para ontem, aproveitar o momento sem ter que esperar 15 dias para chegar o que comprou. Entendemos muito como o mercado se comportava no momento e o crescimento aconteceu de maneira natural", comemora Mateus. "Triplicamos [o faturamento] de um ano para o outro e vamos triplicar novamente", prospecta o sócio.
Entre as iniciativas sociais, a empresa atua com o Projeto Tamar na Bahia, criando uma linha de pufes com enchimento feitos com redes de pesca retiradas do mar, dos quais 10% das vendas vão para o Instituto, e também em parceria com a SP Invisível, distribuindo no inverno 250 kits com toucas, meias e mantas de casais para moradores de rua.
Atualmente com cerca de 70 funcionários, a dupla espera chegar a 200 em 2023 e alcançar outros países. "Estamos diante de um oceano azul. A ideia é que até o final do ano estejamos em 14 capitais através de lojas pop-up. Em março abriremos a primeira loja conceito, em São Paulo, e podemos franquear as pop-ups para cidades mais interioranas, como Ribeirão Preto (SP), onde temos muitos clientes e faz sentido termos um ponto de venda", conta Mateus.
Isso fora o mercado internacional. "Hoje temos dois pontos de venda internacionais, no Paraguai e Uruguai, e abriremos mais dois: em Miami, com uma estratégia de e-commerce em pontos específicos, e em Dubai uma loja física até agosto, expandindo a marca para o Oriente Médio e Arábia Saudita", adianta Rubens.