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A 36ª Bienal de São Paulo promete ser uma edição histórica, marcada por um período expositivo inédito e forte conexão com o trabalho da renomada escritora Conceição Evaristo. Sob o tema Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática, a Bienal será realizada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo entre 6 de setembro de 2025 e 11 de janeiro de 2026, tornando-se a mais longa da história. A ampliação da mostra em quatro semanas tem como objetivo permitir que mais visitantes possam imergir nas obras de arte e nos conceitos apresentados.

Com a curadoria geral de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e uma equipe de co-curadores composta por nomes como Alya Sebti, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza, esta edição traz uma proposta profunda e reflexiva, inspirada no poema Da calma e do silêncio da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo. Dessa forma, a Bienal explora temas como a escuta atenta e a desaceleração, propondo um reencontro com a natureza e suas nuances.

O evento também se destaca por confrontar barreiras sociais e refletir sobre o legado colonial do Brasil, propondo um novo olhar sobre a coexistência e as assimetrias de poder. Além disso, a mostra se baseia em três eixos curatoriais: Reivindicar o espaço e o tempo; Reflexão sobre o outro, e Espaços de encontro e colonialidade, que incentivam uma reflexão profunda sobre o que significa ser humano em um mundo repleto de crises e transformações.

Para reforçar sua mensagem de convergência global, a 36ª Bienal de São Paulo terá um ciclo de eventos internacionais conhecidos como Invocações, que antecedem a exposição principal. Os primeiros encontros acontecerão ainda em 2024, em Marrakech, Marrocos, Les Abymes e Guadalupe, seguidos por eventos em Zanzibar e no Japão em 2025. Essas Invocações reúnem artistas, acadêmicos e ativistas para discutir temas como a escuta profunda e as práticas de coexistência.

Cartaz da 36ª Bienal de São Paulo — Foto: Studio Yukiko
Cartaz da 36ª Bienal de São Paulo — Foto: Studio Yukiko

Por fim, para complementar o conteúdo conceitual da mostra, a identidade visual do evento foi criada pelo estúdio berlinense Yukiko, que reforça o conceito de humanidade em constante evolução, utilizando formas sonoras e referências ao movimento manguebeat para transmitir a ideia de múltiplas vozes e experiências humanas se entrelaçando.

Essa edição, com sua proposta ambiciosa e inovadora, se consolida como um dos eventos mais importantes no calendário global das artes. Além de refletir sobre temas urgentes da humanidade, a Bienal também propõe uma experiência de proveito artístico acessível, duradouro e impactante. Para quem busca mergulhar em questões contemporâneas e explorar as múltiplas facetas da humanidade, a 36ª edição da Bienal de São Paulo promete ser uma oportunidade única e proveitosa.

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