De ilhas exclusivas a fazendas gigantescas: por que famosos buscam santuários de luxo?

A busca por uma vida tranquila longe das metrópoles aumentou durante a pandemia da Covid-19. Entre os super-ricos, o que já era habitual ganhou potência nos últimos anos. De olho em dias de paz, mas com segurança e alta exclusividade, muitos investiram em propriedades elitizadas: ilhas isoladas e fazendas gigantescas, por exemplo. Em comum, todos querem um convívio profundo com a natureza. Pode-se dizer que o êxodo dos famosos virou um movimento global no mercado imobiliário.

"O desejo por mais qualidade de vida, contato com a natureza e isolamento seguro nunca foi tão valorizado. Para o público de alto padrão, não se trata apenas de um estilo de vida, mas de um investimento estratégico", analisa Elizeu Almeida, private broker com 15 anos de experiência no mercado imobiliário de segunda residência.

Nesse ponto, as demandas dos ultra-ricos mudaram. O desejo por chácaras imensas, ranchos gigantes, vinícolas particulares e um lugar ao sol — mas num arquipélago — viraram filtros para na hora de procurar uma propriedade (ou investimento).

Nos últimos meses, Mark Zuckerberg virou notícia ao divulgar que tem um projeto milionário no Havaí: um empreendimento milionário com direito a bunker. Larry Page, cofundador do Google, é outro. Chamou a atenção ao se tornar dono de uma ilha privada localizada a cerca de 32 quilômetros a leste de Porto Rico.

Entre os famosos: Gisele Bündchen possui seu paraíso particular na Costa Rica. George Clooney tem uma mansão à beira do Lago Como, na Itália. A região é tão singular que, veja só, recentemente "latas de ar fresco" do magnífico destino foram colocadas à venda na internet.

O cantor Lenny Kravitz tem seu retiro particular nesses moldes no Brasil. Ele é proprietário de uma fazenda na região serrana do Rio de Janeiro. Originalmente uma plantação de café, o imóvel tem 400 hectares, o suficiente para um campo de futebol, piscina, academia, sala de massagem, sauna, estúdio de música e muito (muito) verde ao redor.

"Muitas dessas propriedades são equipadas com tecnologia de ponta, como câmeras de vigilância avançadas, sensores de movimento e até helipontos para facilitar a mobilidade de maneira discreta”, analisa o executivo.

Segundo Almeida, além de luxo, sustentabilidade e exclusividade, condições estratégicas como a segurança e estabilidade entram na “lista de desejos” dos ultra-ricos. "Destinos politicamente estáveis como Costa Rica e Nova Zelândia também estão em alta, justamente porque unem paisagens paradisíacas com um ambiente seguro — fatores fundamentais para quem busca se preparar para um futuro incerto", finaliza.

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