Plantas de aquário: um guia de cuidados completo para iniciantes

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Antes de nos aprofundarmos nas diversas espécies de plantas de aquário, devemos levar em consideração o tipo de exemplar e sua presença neste novo ecossistema:

• Plantas com caule: são as plantas com caules finos e folhas em formato de agulha. Este tipo de planta cresce muito rápido e proporciona um bom abrigo para os peixes mais jovens;
• Plantas de rosetas: esta planta cresce, como seu nome indica, em forma de uma roseta através de folhas largas e arredondadas. Estas plantas, ao contrário das plantas com caule, tendem a crescer mais lentamente, embora sejam muito resistentes e agreguem grande valor estético ao aquário;
• Plantas de cobertura do solo: um aquário precisa se seu próprio tapete? Claro que sim. Na verdade, existem ótimas plantas de cobertura de solo, como o musgo de Java, que são ideais para aquários de estilo mais natural e proporcionam espaço para os peixes desovarem e se reproduzirem;
• Plantas bulbosas: são plantas semelhantes às plantas de rosetas, embora a única diferença visual esteja no bulbo, o órgão que armazena nutrientes e que deve ficar semi enterrado no substrato;
• Musgos: esta planta de crescimento lento adere às rochas – como também acontece na superfície – a outros materiais como pedras e madeira. Além de dar um aspecto natural ao aquário, também oferece abrigo para diversos peixes;
• Plantas flutuantes: a alface d’água ou a lentilha d’água são apenas alguns exemplos desse tipo de planta que flutua livremente na superfície, ajudando a diminuir a luz intensa, a absorver os nutrientes da água e a trazer aquele encanto exuberante e misterioso ao conjunto.

O aquascaping rege-se por regras diferentes das da jardinagem tradicional, incluindo plantas cuja manutenção pode dividir entre as mais fáceis e as mais complicadas. Entre as que requerem menos cuidados, encontramos plantas de crescimento lento, como as anubias ou microsorum; aquelas que se adaptam muito bem à sombra parcial, como a bucephalandra; e outras de crescimento médio e que precisam de luz mediana, como o echinodorus. Plantas que podemos incluir no nosso aquário com pouca iluminação e sem necessidade de fornecimento de dióxido de carbono (CO2).

Por outro lado, também temos plantas mais complexas que representam um desafio. Por exemplo, temos o hemianthus callitrichoides (mais conhecido como “cuba”), que requer muita iluminação e CO2 adicional, substrato nutriente e até a poda. Outras plantas mais difíceis seriam a Monte Carlo ou a Eleocharis acicularis, que requerem manutenção constante para evitar o aparecimento de algas indesejáveis.

Após introduzir plantas no aquário, é importante levar em consideração os agentes envolvidos na vida desses novos exemplares. A luz é essencial, pois muitas plantas precisam de 8 a 12 horas de luz por dia, por isso sugerimos incluir luzes de LED para ajudar os menores a crescer. Claro, não abuse da luz, pois o excesso pode atrair a proliferação de algas. Por outro lado, garante bons parâmetros da água, uma vez que as mudanças regulares de água, pH adequado e filtração são essenciais.

Lave bem o substrato, como cascalho, para remover a poeira. Em seguida, coloque uma camada de cerca de 5 cm de base rica em nutrientes e espalhe uniformemente o substrato previamente lavado por cima.

Se for introduzir plantas, sugerimos enxaguá-las bem para eliminar qualquer tipo de praga ou produto químico indesejado. Corte também quaisquer raízes ou folhas mortas antes de plantar. Quando tudo estiver sob controle, coloque as plantas cuidadosamente no aquário.

Se optar por plantas com caule, faça um pequeno buraco no substrato com os dedos ou uma pinça e introduza o caule da planta. Em seguida, pressione o solo circundante para fixar no lugar e certifique-se de que as folhas estão acima do solo. No caso das plantas de cobertura do solo, você pode plantá-las em pequenos grupos ou separá-las em porções.

Depois de plantar as diferentes espécies, encha o aquário com água com cuidado para evitar mover as plantas recém-plantadas. Forneça iluminação e nutrientes adequados para o crescimento e considere o uso de fertilizantes líquidos ou pastilhas específicas para plantas aquáticas.

Troque a água regularmente para retirar o excesso de nutrientes e garantir uma boa qualidade do ecossistema. Tente dar uma olhada nas diferentes plantas para verificar seu estado, se têm folhas danificadas ou se não estão crescendo adequadamente. Com base nisso, corte os caules mortos para permitir que o aquário respire. Por fim, não se esqueça de controlar aspectos como a luz e os fertilizantes, que devem ser adicionados semanal ou quinzenalmente.

*Matéria originalmente publicada na AD Espanha