Casas suspensas no ar: 9 obras-primas da arquitetura

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Esta vila de vidro e aço irá lembrá-lo da Fallingwater House, de Frank Lloyd Wright (1867 - 1959). Situada acima de uma cachoeira, abrangendo duas colinas californianas, foi projetada pelos arquitetos Fougeron com a ideia de preservar ao máximo a natureza. “O nosso objetivo era aprofundar a ligação desta casa com o meio ambiente, criando um local onde os nossos clientes possam viver no meio de uma paisagem excepcional”, afirmam os profissionais. "Com o cuidado de proteger e restaurar o terreno, suspendemos a morada renovada entre duas colinas arborizadas, com vista para uma cachoeira e formando uma ponte sobre o riacho abaixo."

Situada numa colina de granito com vista para a costa atlântica, esta casa desafia o terreno acidentado que a rodeia. Seus dois pavilhões, unidos por um frontão central, erguem-se sobre palafitas de aço galvanizado, “criando a impressão de flutuar acima da rocha, ao mesmo tempo que deixam espaço para o crescimento de líquenes e coníferas vermelhas abaixo e ao redor do edifício”, apontam os designers, do escritório MacKay- Lyons Sweetapple Architects. A fachada é revestida por uma estrutura de aço canadense resistente às intempéries, o que confere ao local um aspecto minimalista e industrial ao mesmo tempo, cumprindo tanto um propósito estético quanto uma escolha econômica de materiais.

Também localizado na costa atlântica da Nova Escócia, este refúgio tem uma construção bem mais modesta. Composto por dois ambientes, incluindo o quarto situado acima do vazio, revela um retiro rústico imaginado pelo MacKay-Lyons Sweetapple Architects. “Esta é uma cabana modesta e acessível que pretende ser um protótipo replicável”, afirmam os arquitetos, que optaram por uma estrutura de aço e uma fachada de tábuas de cedro. “Esta caixa pura na paisagem está empoleirada precariamente numa falésia rochosa para intensificar a experiência da paisagem através de uma sensação de vertigem e flutuação sobre o mar.” É também uma estratégia pensada para valorizar o edifício.

Esta é uma das casas suspensas no ar mais impressionantes; Projetado pela UZ Architecture, foi também construída com um espírito de simplicidade material e sobriedade holística, com o objetivo de respeitar o seu ambiente e integrar-se com ele de forma simples. A construção foi complexa, pois teve que lidar com o terreno acidentado (no topo de uma montanha), o ambiente tropical, a vontade de abrir a vista para a paisagem e, ao mesmo tempo, preservar a privacidade dos proprietários. Para acesso ao terreno foi escolhida uma estrutura leve e de fácil transporte. O resultado é um espaço sóbrio e contemporâneo imerso na natureza.

Estas casas na árvore são diferentes de qualquer outra. Medindo 65 m² e dois andares (com a área de dormir no primeiro), foram projetados por Anthony Gibbon, não na floresta, mas completamente acima das copas das vegetações. O gesto do arquiteto é reconhecido: linhas limpas e formato surpreendente. O projeto integra-se harmoniosamente ao seu entorno arborizado, utilizando formas orgânicas com aberturas triangulares e fachada de madeira preta. Uma passarela elevada foi projetada para acessar o edifício, oferecendo uma vista única das árvores do alto.

Apelidada de The Blackbird (melro, em tradução livre) e situada na floresta urbana de Seattle, esta casa na árvore faz parte de um projeto maior, O2 Tree House, que visa instalar habitats suspensos entre as árvores. A O2 concebeu o Blackbird como “um laboratório de ideias voando alto no dossel da floresta tropical”, com janelas contínuas para mergulhar o máximo possível na natureza, mesmo à noite, graças aos LEDs externos. O seu esqueleto é constituído por aço e enormes vigas de madeira, delimitadas por duas árvores. O interior tem acabamento em bordo e cedro.

A agência Côte d'Azur LC Architects projetou esta casa suspensa no ar acima do seu jardim. A vantagem? Economiza espaço considerável no terreno, deixando espaço para uma piscina e um belo gramado. Sua estrutura, suspensa por cabos de aço, incorpora painéis fotovoltaicos e cobertura verde, tornando-a virtuosa e autossuficiente. “Com seus 125 metros quadrados de área útil, esta casa é como uma grande suíte de um hotel de luxo... com piscina”, resumem os arquitetos.

Construído em vidro e aço nas margens do rio Tâmisa, em Berkshire, a oeste de Londres, este pavilhão foi encomendado por clientes que queriam aproveitar ao máximo o seu jardim e o rio. Após a recusa de autorização de planeamento para projetos anteriores, este foi finalmente aceito devido à sua abordagem sensível e contextual ao seu entorno. Imaginado como um barco, que lhe dá o nome, o pavilhão “abre-se para o jardim e para a margem do rio, permitindo ao cliente desfrutar da vida fluvial mantendo-se firmemente ancorado na paisagem”. Quanto às casas suspensas no ar, é uma maravilha.

*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest França.