Arquitetura
Architectural Fairy Tales: concurso que mistura arquitetura e storytelling
Já na 5ª edição, o prêmio promovido pelo portal Blankspace celebra os sonhos, e as "viagens", de arquitetos de todo o mundo
2 min de leituraCriado em 2013 pelo portal Blankspace, o Architectural Fairy Tales é um daqueles concursos que te fazem sorrir. Os organizadores convidam criativos de todas as áreas, sejam eles designers, escritores, artistas, engenheiros ou ilustradores, para apresentar o que seria o projeto arquitetônico dos seus sonhos. Os candidatos devem enviar um texto com a história, no melhor estilo conto de fadas, com 5 imagens que ilustram sua história e aí é só aguardar a avaliação de um júri especializado que anualmente elege os vencedores.
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Este ano, a premiação aconteceu no dia 6 de fevereiro em Washington D.C. e teve o apoio do National Building Museum (Museu Nacional dos Edifícios) e do American Institute of Architecture Students (Instituto Americano dos Estudantes de Arquitetura) - além dos portais Arch Daily, Design Milk, Archinect e o Bustler.
Para os organizadores, os vencedores deste ano tiveram como grande mérito "tornar visível como nós formamos o espaço e, também, como os espaços nos moldam". São imagens e narrativas indiscutivelmente estranhas e com toques surreais, como todo bom conto de fadas, mas que ainda assim trazem um quê de realidade e, como disseram os jurados: "passam a sensação de que poderíamos tropeçar por aí em qualquer um deles".
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Com concorrentes de cerca de 60 países, dez trabalhos receberam homenagens e outros 4 foram os grandes premiados da noite. Conheça abaixo um pouco mais sobre cada um destes grandes pensadores da arquitetura e fique atento, no futuro um deles pode de fato tirar suas ideias do papel!
1º lugar: "Last Day" de Mykhailo Ponomarenko
Através de técnicas de pintura clássica, o arquiteto ucraniano conta uma história quase cotidiana passada entre paisagens monumentais com estruturas típicas de ficção cientificas - igualmente grandiosas. Para ele: "Estas intervenções satíricas levam a novas ideias e sentimentos sobre a natureza - tornando o espectador mais conscientes sobre o ambiente e nosso impacto nocivo sobre ele".
2º lugar: "City Walkers" de Terrence Hector
"Ninguém se lembra muito quando começamos a coexistir com os Walkers, mas todo mundo se lembra quando eles começaram a morrer", assim começa a história criada pelo americano Terrence aonde há uma espécie nova de arquitetura que se move de forma tão devagar que os seres humanos não conseguem perceber, embora continue explorando toda a energia que eles tem para fornecer. Uma alusão clara a relação da humanidade com os sistemas naturais e biológicos.
3º lugar: “Up Above” de Ariane Merle d’Aubigné & Jean Maleyrat
A dupla francesa conquistou a terceira posição com a história de refugiados que constroem seus abrigos sobre longas palafitas que os levam para o céu, acima das nuvens mais precisamente, aonde eles conseguem escapar da opressão e das desigualdades da terra. "Tentamos destacar questões e preocupações contemporâneas deixando o sobrenatural irromper na realidade", explicam os criadores deste poético conto.
4º lugar: “Playing House" de Maria Syed & Adriana Davis
A dupla de estudantes do Instituto de tecnologia de New Jersey ilustrou o poder destrutivo da bipolaridade. Os desenhos começam claros e organizados e criam uma habitação modesta e simples. Com o desenvolvimento da narrativa a desordem e as cores mais fortes convergem com acusações, mal-entendidos entre os personagens."Playing House incorpora a idéia de que a arquitetura pode eclipsar a personalidade de seus ocupantes, onde o caráter e o estilo da arquitetura ditam o humor dos habitantes", explicam as criadoras.