Desde os prim�rdios de sua exist�ncia, a Embrapa optou por ser transparente, prestando conta de cada real que a sociedade investiu nela. Isto � feito de v�rias maneiras, com graus de complexidade diferentes. O Balan�o Social enfatiza competentemente as duas facetas da a��o da Embrapa: o resultado de suas pesquisas e, para a sociedade, quanto custou produzi-lo. Ele � a s�ntese da vida da empresa. Na linguagem dos n�meros, ele mostra quanto benef�cio trouxe o seu trabalho para o Brasil.
A pesquisa da Embrapa produz conhecimentos, uns dos quais se materializam em insumos e produtos; outros s�o traduzidos em manuais de instru��o e toda uma gama de publica��es e regras de viabilizar e operar sistemas de produ��o. De tudo isto se valem os diversos atores das cadeias produtivas para transformar conhecimento em tecnologias, as quais geram a produ��o que representa o labor do homem do campo. Ou seja, sua genialidade, perseveran�a, percep��o do futuro e capacidade de correr riscos. Todos juntos: trabalhadores, administradores, t�cnicos, organiza��es e as atividades que transcorrem entre a cidade e o campo e vice-versa nesta tarefa que faz o agroneg�cio.
Conhecimento por si s� n�o gera produ��o. Entre o usu�rio final e o pesquisador transcorre imensa gama de a��es e trabalhos que ligam estes dois grupos de trabalhadores. Muitas institui��es est�o envolvidas, da �rbita do governo e da iniciativa particular. Tudo isto comp�e o mercado da assist�ncia t�cnica que consome recursos e gera a imensa safra que o Brasil produziu, orgulho de todos brasileiros. Esta safra quase toda ela calcada no incremento da produtividade, portanto fruto da ci�ncia, � a prova incontest�vel de que o mercado de difus�o de tecnologia � muito ativo entre n�s. Ou seja, a difus�o de tecnologia � o sucesso fant�stico!
O que ficou por fazer?
No Censo Agropecu�rio de 2006 4,4 milh�es de estabelecimentos rurais declararam uma produ��o e ter terra para produzir: propriet�rios, arrendat�rios, posseiros. Desse total, quinhentos mil estabelecimentos geraram 87% do valor bruto da produ��o, incluindo-se nela o autoconsumo e a ind�stria caseira. Os outros 13% ficaram por conta de 3,9 milh�es de estabelecimentos. Entre esses h� 2,9 milh�es de estabelecimentos que contribu�ram com apenas 3% de toda a produ��o do Censo 2006.
Claro est� que a imensa maioria dos estabelecimentos ficou � margem da moderniza��o da agricultura porque n�o foram capazes de transformar conhecimento em tecnologias. Esta transforma��o de conhecimento em tecnologias e a��o social � a ess�ncia da difus�o de tecnologia. Isto envolve transfer�ncia de tecnologia como � comumente entendida e a remo��o de um sem n�mero de imperfei��es de mercado que impediram esta t�o grande maioria de estabelecimentos de terem maior participa��o na safra de 2006. Entre estas imperfei��es se inscrevem os arranjos da assist�ncia t�cnica, o cr�dito rural, o leasing e a legisla��o trabalhista. Portanto, o grande desafio � fazer o que ficou por fazer. Ou seja, incluir estes milh�es de brasileiros na agricultura moderna.
Uma nova orienta��o estrat�gica
O ano de 2012 foi marcado na Embrapa pela consolida��o de uma nova orienta��o estrat�gica, que busca aumentar o alinhamento das a��es da Empresa �s prioridades estabelecidas nos principais programas governamentais e tamb�m por setores organizados da sociedade, especificando demandas de pesquisa, desenvolvimento e tamb�m transfer�ncia de tecnologias e interc�mbio de conhecimentos.
A Embrapa atuou na linha de frente dos principais programas de Governo, junto aos Minist�rios da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (MAPA), do Desenvolvimento Agr�rio (MDA), do Desenvolvimento Social e Combate � Fome (MDS), da Integra��o Nacional (MI), do Meio Ambiente (MMA) e da Casa Civil. Merecem destaque as participa��es da Empresa no Plano Brasil sem Mis�ria, no Plano Setorial de Mitiga��o e de Adapta��o �s Mudan�as Clim�ticas para Consolida��o de uma Economia de Baixa Emiss�o de Carbono na Agricultura (Plano ABC) e nas Opera��es Arco Verde e Xingu.
Muito mais do que atuar nesses programas ou atender demandas somente ofertando solu��es tecnol�gicas, a nova orienta��o estrat�gica requer das equipes e dos centros de pesquisa da Empresa um envolvimento mais direto nos projetos de inclus�o produtiva, dialogando melhor com os principais atores desse processo, como a assist�ncia t�cnica e extens�o rural, os produtores rurais, as organiza��es sociais e as entidades de classe representativas do espa�o rural.
S�o marcas que ratificam o compromisso social da Embrapa no territ�rio nacional e que revelam o quanto as inova��es geradas impactam o dia-a-dia e a qualidade de vida dos brasileiros.
Veja aqui um relato detalhado do que foi essa participa��o da Embrapa e parceiros nos programas estrat�gicos do Governo em 2012.