Do curso: Como Desenvolver sua Estratégia Digital

Como se tornar uma organização ágil

– Considerando o ritmo alucinante da revolução digital, as organizações que conseguem agir com velocidade têm mais chances de serem recompensadas. Como sempre, é importante que as organizações mudem pelo menos na mesma velocidade das mudanças externas. É fácil imaginar um líder aparentemente forte no topo de uma estrutura de comando e controle sendo capaz de tomar decisões rápidas. Porém, isso não passa de uma fantasia, já que as decisões impulsivas do líder seriam orientadas mais por intuição. Com raras exceções, a qualidade dessas decisões seria ruim e a implementação seria esmorecida e caótica, na melhor das hipóteses. A resposta é criar uma organização muito mais horizontal, capaz de se mover com rapidez enquanto toma decisões inteligentes. À primeira vista, também existem contradições internas nessa meta. Estruturas horizontais podem levar ao caos, pois talvez uma unidade da organização nem saiba o que a outra está fazendo. A qualidade das decisões pode ser baixa, pois podem se basear apenas nos conhecimentos locais, e talvez seja difícil colher os benefícios da escala da organização toda. A solução para essas contradições internas é confiar nos seguintes princípios de organização. Primeiro: descentralize a autoridade de tomada de decisões e coloque-a mais perto das pessoas que tenham informações relevantes, visão e capacidade para implementá-las. Isso aumenta consideravelmente as chances de que as decisões sejam bem informadas e que sejam tomadas e implementadas em tempo hábil. Segundo: aposte em equipes multifuncionais ou com funcionários de várias unidades para a análise de problemas, coleta de informações, avaliação das alternativas e tomadas de decisões. Para garantir que essas equipes tenham agilidade, trabalhe com equipes pequenas. Indique a pessoa mais confiável para liderar a equipe e combinar os resultados desejados. Terceiro: cultive um conjunto de normas culturais que sirva de alicerce para uma estrutura em rede que funcione bem. Tanto a análise quanto a velocidade são importantes. Os resultados são mais importantes que o processo, desde que não haja violação dos limites legais e éticos. É melhor pedir perdão mais tarde do que adiar tomadas de decisões necessárias enquanto espera permissão. Não é obrigatório um consenso para que a equipe tome decisões e siga em frente. Fazer experiências quase sempre é bom. Se forem bem-sucedidas, amplie. Se não forem, mude de direção. Quarto: enfatize a importância de continuar aprendendo. Crie processos que viabilizem isso. Se uma nova ideia funcionou, por que deu certo e que lições podem ser aproveitadas? Se não funcionou, o que deu errado e, novamente, que lições podem ser extraídas? Por fim, aproveite ao máximo as ferramentas digitais para aperfeiçoar a organização internamente. Isso diminui a burocracia, aumenta a transparência e agiliza a coordenação. Aqui vão algumas perguntas para reflexão. Em uma escala de 1 a 10, como você avaliaria sua organização em cada um dos cinco princípios de uma organização ágil que acabei de descrever? Quais são os aspectos mais distantes da condição ideal? Que medidas você recomendaria para corrigir esses aspectos?

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