Neotropica Sustentabilidade Ambiental

Neotropica Sustentabilidade Ambiental

Atividades de consultoria em gestão empresarial

Brasília, DF 170 seguidores

Contribuir com o fortalecimento das relações homem - natureza, através de processos complexos na área socioambiental.

Sobre nós

A Neotrópica Sustentabilidade Ambiental é uma empresa líder que desempenha papel fundamental no planejamento e na implementação de políticas nacionais de sustentabilidade ambiental. Iniciando suas atividades em Curitiba, Paraná, no dia 02 de maio de 2001, transferiu seu escritório técnico para Brasília, centro das decisões políticas do país. A empresa conta com uma equipe colaborativa composta por uma rede de consultores especializados em diversas áreas do setor da sustentabilidade socioambiental. Tem como missão “Contribuir com a sociedade brasileira, por meio da facilitação de processos de alta complexidade, da diagnose e do planejamento estratégico na área socioambiental.”. #sustentabilidade #facilitacao #ESG #socioambiental #projetos #planejamento #unidadesconservacao #areasprotegidas #articulação #moderação #processosparticipativos #politicaspublicas #educacaoambiental #capacitação #inovação #fotografia #ilustração #facilitaçãográfica

Site
https://neotropicasustentabilidade.com.br/
Setor
Atividades de consultoria em gestão empresarial
Tamanho da empresa
2-10 funcionários
Sede
Brasília, DF
Tipo
Empresa privada
Fundada em
2001
Especializações
• Facilitação de processos participativos; • Facilitação de planejamentos estratégicos na área socioambiental; • Planejamento e gestão de grandes projetos na área ambiental; • Articulação, moderação de redes, secretarias executivas, com foco em gestão participativa e planejamento ambiental; • Planejamento de áreas protegidas: planejamento de uso público; avaliação de efetividades de gestão; caracterização e diagnósticos ambientais; • Planejamento de ação territorial para a conservação de espécies ameaçadas; • Sistematização de experiências, • elaboração e revisão de documentos sobre políticas públicas ambientais; • Estudos em bioeconomia, de cadeia produtiva; restauração ambiental e etnobotânica.

Localidades

Funcionários da Neotropica Sustentabilidade Ambiental

Atualizações

  • #29 Imagine o ano de 2025 Imagine. Encerramos mais um ciclo desse ano bissexto, com os 366 dias de 2024 ficando para trás e chegando ao momento universal de reflexão sobre o ano que se inicia. O ano de 2025 promete desafios políticos e ambientais, trazendo à mente a metáfora do "copo meio cheio ou meio vazio", com otimistas e pessimistas projetando suas expectativas. No cenário ambiental brasileiro, destaca-se a realização da Conferência das Partes para as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém - PA, de 10 a 21 de novembro. Esta conferência será uma das últimas oportunidades para impulsionar a cooperação global na gestão das florestas tropicais e na transição para economias descarbonizadas. O Brasil espera protagonizar discussões relevantes, como a conversão de economias livres de carbono e o fortalecimento de compromissos climáticos. Outro marco aguardado para 2025 é o estabelecimento da Política Nacional de Bioeconomia, com previsão de lançamento durante a Semana do Meio Ambiente, em junho. Inspirado em iniciativas de países como Estados Unidos e China, o Brasil pretende consolidar sua posição em um setor que, segundo projeções, poderá gerar US$ 30 trilhões globalmente até 2050. Há ainda esperança em avanços concretos na redução do desmatamento e das queimadas em todos os biomas, iniciando um ciclo de restauração em larga escala de áreas degradadas. Esse esforço pode trazer benefícios duradouros para o meio ambiente e para as comunidades que dele dependem. Por outro lado, nem tudo inspira otimismo. A COP30 ocorrerá sob a sombra do segundo mandato de Donald Trump, cuja postura poderá dificultar os esforços globais de redução de emissões de carbono. Apesar das incertezas no cenário global, há grande expectativa de que o Brasil consiga liderar iniciativas significativas na área ambiental. Que 2025 seja um ano de oportunidades para todas as pessoas e para a política ambiental brasileira. Vamos imaginar o copo cheio. Roberto Xavier de Lima Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em conservação da natureza, biólogo e escritor. Visite: https://lnkd.in/de9GZ2ah #2025 #anonovo #COP30 #PNDBio #Bioeconomia #MudançasClimáticas #Amazônia

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  • #28 Legado de Chico Mendes Em julho de 1987, quando ainda era estudante, viajei durante quatro dias e quatro noites de ônibus, de Curitiba (PR) a Xapuri (AC), para adentrar pela primeira vez na Floresta Amazônica e conhecer Chico Mendes e outros importantes líderes do movimento dos seringueiros como Raimundão e Júlio Barbosa. Aquela experiência marcaria profundamente minha visão sobre a luta pela preservação da floresta e os direitos das populações tradicionais. Um ano antes, Chico havia recebido o prêmio Global 500 da ONU por sua defesa ambiental, impedindo o desmatamento da Amazônia. Cansado da longa viagem, após um banho de igarapé fui ouvir atentamente a reunião de lideranças dos seringueiros, sobre a importância das Reservas Extrativistas - que seriam criadas apenas em 1990, por meio do Decreto nº 98.897. No cartaz pregado na parede, junto à minha mochila, aparecem Chico Mendes e Marina Silva, jovens candidatos a cargos eleitorais. Conheci Chico na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. Me acolheu na sede, tendo a paciência de explicar ao estudante urbano, detalhes da luta dos seringueiros, e dos “empates” que praticavam pacificamente para convencer os operadores das motoserras de pararem o corte raso de gigantes castanheiras. Mais tarde, em 1988, já formado e atuando no Instituto de Estudos Amazônicos (IEA), em Curitiba, fui encarregado de recepcioná-lo e de organizar uma coletiva de imprensa local para que ele pudesse falar sobre sua luta contra o desmatamento. Lembro-me bem de uma jovem jornalista que, ao perguntar 'por que os seringueiros queriam desmatar a floresta', provocou um riso em Chico Mendes. Com sua habitual calma e uma oratória impecável, ele transformou a confusão da novata em uma verdadeira aula magistral, explicando didaticamente que a luta dos seringueiros era, na verdade, pela preservação da floresta. Naquele ano, sua crescente projeção internacional atraiu inimigos. Em 22 de dezembro, foi assassinado por pistoleiros a mando de latifundiários que desmatavam a Amazônia. Em 1989, voltei ao Acre para um treinamento em Pesquisa de Sistemas Agroflorestais, e pude perceber ao conversar com moradores dos mesmos seringais, a profunda perda que sentiam. “Aqui no Acre, não nascerá mais outro líder como ele”, - diria uma idosa seringueira, em sua fala triste. Embora o Acre mantenha 87% de sua cobertura florestal, a Reserva Extrativista Chico Mendes, criada em 1990, sofreu severos danos. O conceito de “florestania” foi enfraquecido por governos retrógrados. Que Chico Mendes seja reconhecido como Herói da Pátria, por sua defesa da vida e da floresta. Roberto Xavier de Lima – Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em conservação da natureza, biólogo e escritor. Visite: https://lnkd.in/de9GZ2ah #MudançasClimáticas #Amazônia #ChicoMendes #Acre #ReservasEstrativistas

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    A Neotrópica Sustentabilidade Ambiental encerra suas atividades de 2024 participando da Reunião de Pré-instalação da Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio), instituída pela Portaria Interministerial MDIC/MMA/MF nº 10, com a missão de elaborar o Plano Nacional de Bioeconomia (PNDBio). A expectativa é que a CNBio seja instalada até fevereiro de 2025, e, até junho, possamos contar com uma política nacional moderna para a bioeconomia brasileira. Esse setor estratégico traz grandes desafios, buscando contemplar os diversos segmentos envolvidos. Assim como os Estados Unidos, União Europeia e China, o Brasil estará preparado para implementar políticas públicas robustas, capazes de fomentar uma sociobioeconomia justa e sustentável e desenvolver tecnologias de ponta, como alternativas aos combustíveis fósseis e outros setores de inovação. Estamos entusiasmados em contribuir para esse processo transformador e desejamos a todos os nossos parceiros e amigos boas festas de fim de ano e um 2025 repleto de novidades, conexões e avanços em prol da sustentabilidade ambiental nos mais diversos processos. #sociobioeconomia; #bioeconomia; #COP30; #PNDBio

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  • A Neotrópica Sustentabilidade Ambiental encerra suas atividades de 2024 participando da Reunião de Pré-instalação da Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio), instituída pela Portaria Interministerial MDIC/MMA/MF nº 10, com a missão de elaborar o Plano Nacional de Bioeconomia (PNDBio). A expectativa é que a CNBio seja instalada até fevereiro de 2025, e, até junho, possamos contar com uma política nacional moderna para a bioeconomia brasileira. Esse setor estratégico traz grandes desafios, buscando contemplar os diversos segmentos envolvidos. Assim como os Estados Unidos, União Europeia e China, o Brasil estará preparado para implementar políticas públicas robustas, capazes de fomentar uma sociobioeconomia justa e sustentável e desenvolver tecnologias de ponta, como alternativas aos combustíveis fósseis e outros setores de inovação. Estamos entusiasmados em contribuir para esse processo transformador e desejamos a todos os nossos parceiros e amigos boas festas de fim de ano e um 2025 repleto de novidades, conexões e avanços em prol da sustentabilidade ambiental nos mais diversos processos. #sociobioeconomia; #bioeconomia; #COP30; #PNDBio

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  • #27 RAONI, O VELHO GUERREIRO NA ONU No dia 6 de dezembro, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, fez questão de recepcionar o Cacique Raoni Metuktire, de 92 anos, em Nova Iorque. Raoni estava na cidade a convite do consulado brasileiro para falar sobre mudanças climáticas e a defesa da floresta amazônica. Líder respeitado dos Kaiapós, cujo nome, em Mebêngôkre, significa “aqueles que vieram do fundo da água”, Raoni é símbolo de luta e resistência. A Neotrópica Sustentabilidade Ambiental teve o privilégio de participar desse encontro, realizado na Missão Permanente do Brasil junto à ONU, a convite do Ministro-Conselheiro, José Gilberto Scandiucci. Raoni chegou em cadeira de rodas, agasalhado contra o frio de 2°C. Cumprimentou-nos calorosamente ao saber que éramos brasileiros e apertou firme a mão de meu filho de 18 anos, como um avô acolhedor. Durante sua fala, queria saber a origem de cada uma das pessoas da sala. Seu neto traduzia do Kaiapó para o português, enquanto outros intérpretes auxiliavam no inglês. Representantes de países como Dinamarca, Alemanha, Equador, França, Noruega, Suécia, Indonésia, Austrália, Índia, Nepal, EUA, Colômbia, Filipinas, Fiji, Espanha, Japão, Reino Unido, Fiji, Paraguai e Brasil, estiveram presentes para ouvir sua mensagem. Raoni falou sobre a importância de manter as florestas em pé para conter as mudanças climáticas. "Éramos todos irmãos até a cobra morder alguém. Falávamos a mesma língua", disse, emocionando o público. Em Kaiapó, alertou: "Os ancestrais veem os problemas do mundo – guerras, destruição de florestas – e não aceitam isso. Devemos parar os conflitos para viver de forma saudável." Desde jovem, antes mesmo do contato com os Irmãos Villas-Bôas, Raoni já defendia a preservação da floresta. Aprendeu português para lutar por sua causa e alertou que "a Terra está ficando quente, o sol está muito forte". Segundo ele, as populações indígenas precisam de apoio financeiro direto, sem intermediários institucionais que desviem recursos. "O que resta das florestas deve ser protegido. As árvores são nossas mães, e nossa missão é cuidar delas. Precisamos deixar essa terra para a sobrevivência das futuras gerações. Hoje, jovens indígenas, como meu neto, continuam lutando pelos territórios e por suas famílias." Raoni expressou o desejo de usar as tecnologias do “povo branco” para conservar a floresta e lembrou sua participação na criação do Ministério dos Povos Indígenas, que considera um marco para desenvolver planos que envolvam os jovens indígenas na proteção de suas terras. Sua fala foi encerrada sob aplausos comovidos dos representantes internacionais. O Velho Guerreiro, verdadeiro pacifista, reafirma seu compromisso com a preservação ambiental. Roberto Xavier de Lima – Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em conservação da natureza, biólogo e escritor. Visite nossa página: https://lnkd.in/de9GZ2ah #ONU #Raoni #MudançasClimáticas #Amazônia

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  • #26 A Frustração da COP29 A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) encerra-se hoje (22/11) no Azerbaijão. O tema central foi a transferência de recursos dos países ricos para as nações em desenvolvimento, com foco na transição energética e na adaptação às mudanças climáticas. Desde o Acordo de Paris, em 2015, a promessa de repasse de US$ 100 bilhões anuais para apoiar os países em desenvolvimento na mitigação dos efeitos climáticos nunca se concretizou. Agora, o objetivo era de se elevar esse montante para US$ 1 trilhão por ano até 2030. No entanto, as expectativas não lograram êxito. Especialistas presentes na COP29 apontam que, mais uma vez, os compromissos financeiros podem ficar apenas no papel. As negociações enfrentam atrasos e dificuldades comuns a eventos que envolvem mais de 190 estados membros, cada um com demandas específicas. No momento, discute-se a transferência de cerca de US$ 250 bilhões anuais – um quarto do valor ideal –, sem clareza sobre os mecanismos de repasse ou a responsabilidade histórica dos países industrializados que contribuíram para a crise climática. A proposta atual sugere que o fundo climático inclua contribuições de países em desenvolvimento que se voluntariem, além de organizações da sociedade civil. No entanto, o compromisso global de limitar o aquecimento a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, estabelecido na COP21, já foi ultrapassado em 2023, demonstrando o agravamento da crise. A COP29 aconteceu em meio a tensões políticas globais que diminuíram as chances de compromissos significativos para a descarbonização. Há uma sensação generalizada de que as nações industrializadas, que enriqueceram emitindo grandes volumes de carbono, não demonstram disposição em compensar as nações mais vulneráveis. A reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos traz ainda mais incertezas. Sua administração tende a intensificar o uso de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, inclusive com práticas predatórias como o fracking. A próxima COP30, no Brasil, será uma nova oportunidade para tornar esses compromissos efetivos e criar mecanismos de repasse de recursos para as nações mais afetadas pelas mudanças climáticas. Enquanto isso, o “pálido ponto azul”, como diria Carl Sagan, avança para o temido "ponto de não retorno", alertado pelos cientistas. Roberto Xavier de Lima – Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em conservação da natureza, biólogo e escritor. Visite nossa página: https://lnkd.in/de9GZ2ah #COP29 #Baku #MudançasClimáticas #COP30  

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  • #25 – O encontro do G20 O Rio de Janeiro será palco esta semana do encontro do G20, reunindo líderes das 20 maiores economias globais, responsáveis por 80% da economia mundial e 64% da população. Marcando a primeira vez que o Brasil sedia a cúpula, o evento ocorre nos dias 18 e 19 de novembro, acompanhado por encontros paralelos como o G20 Social, Aliança Global Festival e Urban 20 (U20), que promove debates sobre clima, economia e desenvolvimento urbano. Neste tema, Curitiba – PR, sempre foi referência em planejamento e inovação urbana. O cineasta Francis Coppola, em recente visita à cidade, revelou que o arquiteto utópico de seu novo filme Megalópolis foi inspirado no urbanista Jaime Lerner, que transformou Curitiba em referência no transporte, planejamento urbano integrado e parques esponjas para controle de enchentes. Porém, passado décadas, a atual gestão municipal enfrenta críticas devido a um polêmico projeto de uma nova via de ônibus, que pode eliminar, 535 árvores nativas, incluindo a Araucária angustifólia, símbolo da cidade. Me recordo quando em 2000, fui Conselheiro Municipal de Meio Ambiente da cidade, o quanto nos preocupávamos em salvar, com base em laudos técnicos, cada pinheiro que tinha sua solicitação de supressão expedita para a avaliação do Conselho. Esse atual projeto da gestão municipal, poderá impactar um importante corredor de fauna urbano e agravar enchentes. Se vivo, Jaime Lerner provavelmente apresentaria soluções integradoras, preservando o equilíbrio entre progresso e qualidade de vida. Voltando ao G20, o encontro discutirá estratégias globais contra o crime organizado, proteção ambiental e avanços no sistema de justiça. Antes de participar, o presidente dos EUA visitou Manaus, anunciando uma doação de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônico, bem abaixo do prometido que era de US$ 500 milhões. Neste encontro, há uma expectativa que o atual presidente da Argentina, impeça alguns avanços devido a sua postura negacionista sobre o aquecimento global. Com a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, a política americana também deverá priorizar combustíveis fósseis, destoando das tendências de sustentabilidade global. Nesse cenário, o Brasil tem o potencial de liderar a transição para combustíveis verdes, como o SAF (Sustainable Aviation Fuel), produzido a partir de biomassa e óleos vegetais. Esse biocombustível, alternativo ao querosene de aviação, pode reduzir emissões de CO₂ em até 90%, sendo crucial para a redução das emissões de gases de efeito estufa na uma aviação. Com 90% dos investimentos em pesquisa global sob sua responsabilidade, o G20 deveria transformar ideias em ações concretas por um futuro mais justo e sustentável. Vamos aguardar as resoluções apresentadas. Roberto Xavier de Lima Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em Conservação da Natureza, biólogo e escritor. Visite nossa página: https://lnkd.in/de9GZ2ah #G20 #U20

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  • #25 – EUA: O que esperar das políticas ambientais na sucessão presidencial? O mundo acompanhou atentamente o processo eleitoral dos Estados Unidos, dada sua relevância e complexidade. Entre os dois principais partidos, surgiram candidaturas com visões distintas sobre como conduzir as relações globais. O vencedor foi o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano, com uma política fortemente protecionista, reafirmando o bordão de “tornar a América grande novamente”. Trump apresenta uma visão de mundo focada no que considera os interesses diretos dos Estados Unidos. Nessa perspectiva, as políticas ambientais e o restante do continente americano têm pouco destaque. Em seu mandato anterior, ele incentivou o uso do carvão em atividades industriais, inclusive em áreas protegidas, como estratégia para gerar empregos. Também apoiou a produção de gás natural por fraturamento hidráulico (“fracking”), uma técnica ambientalmente agressiva, que envolve a perfuração do solo e injeção de água, areia e produtos químicos para extrair petróleo e gás. Embora essa técnica tenha impactos negativos no meio ambiente, especialmente no lençol freático, ela proporcionou autonomia energética aos EUA, que passaram a exportar gás para a Europa, substituindo o gás russo, especialmente após a invasão da Ucrânia. Esse movimento reforça a lógica de que suas decisões políticas e econômicas, longe de serem aleatórias, visam consolidar a influência norte-americana no cenário global. Trump demonstrou desinteresse em respeitar acordos climáticos internacionais, como evidenciado na sua saída da COP 21 em Paris. Sua postura autoritária e conservadora atraiu eleitores masculinos, brancos e de perfil tradicionalista, alicerçando sua popularidade em promessas de emprego. Por outro lado, sua adversária, a vice-presidente Kamala Harris, não conseguiu se desvincular da imagem do atual governo, marcado pela baixa popularidade do presidente Joe Biden. Nos próximos quatro anos, é improvável que se vejam avanços significativos nas políticas ambientais dos EUA. Pelo contrário, acordos de cooperação internacional, como a doação ao Fundo Amazônico, podem ser revistos ou bloqueados. Fóruns globais sobre metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, como o Acordo de Paris, correm o risco de ser desprestigiados ou até abandonados, gerando preocupação entre os parceiros internacionais. Ainda que seja cedo para prever os movimentos geopolíticos de Trump, sua influência pode impactar outras nações, incluindo o Brasil. Esse cenário poderá exercer pressão sobre a sucessão presidencial brasileira e sobre pautas ambientais em trâmite no Congresso Nacional, enfraquecendo ainda mais as normas de licenciamento ambiental no Brasil. Roberto Xavier de Lima – Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em conservação da natureza, biólogo e escritor. Visite nossa página: https://lnkd.in/de9GZ2ah #EUA; #USA; #Trump

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  • #24 - COP 29 e os Desafios da Mitigação Climática   O mês de novembro de 2024 se inicia com expectativas em relação ao futuro do planeta, focado nas medidas de adaptação e mitigação climática. Entre os dias 11 e 22, Baku, no Azerbaijão, sedia a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), onde o tema central será a transferência de recursos dos países ricos para as nações em desenvolvimento, visando a transição energética e a adaptação às mudanças climáticas. Desde a COP 21, realizada em Paris em 2015, as metas de reduzir o aquecimento global em até 1,5°C, - comparado aos níveis pré-industriais, ainda não foram alcançadas. E nem serão. Dados recentes indicam que o mundo está a caminho oposto de um aumento de 2,5°C a 2,9°C, e as emissões previstas para 2030 precisariam ser reduzidas em 42% para limitar o aquecimento a 1,5°C. Atualmente, a probabilidade de atingir essa meta é de apenas 14%. Em paralelo, o compromisso global com a “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) aprovada naquele mesmo ano de 2015, em Nova York, por 193 estados membros que adotaram o documento “Transformando o Nosso Mundo”, mostra-se com um baixo desempenho global a apenas cinco anos restantes para sua conclusão. Durante a COP 29, a comunidade internacional terá a chance de estabelecer compromissos mais efetivos para a descarbonização do planeta. No entanto, desafios globais – como eleições nos Estados Unidos, dois conflitos na Eurásia, tensões geopolíticas, gastos bilionários em armamentos e a desaceleração da economia chinesa – podem desviar a atenção das decisões em urgências climáticas. A escolha do Azerbaijão como o anfitrião do encontro, - um importante produtor de indústrias fósseis, soa paradoxal para um acordo de transição a uma bioeconomia global O financiamento de US$ 100 bilhões anuais prometidos em Paris 2015, para apoiar países em desenvolvimento na mitigação dos efeitos climáticos nunca foi implementado. Esta conferência representa uma oportunidade para tornar efetivos esses compromissos, com a criação de mecanismos de repasse de recursos às nações mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Enquanto isto, assistimos quase que diariamente pelas telas azuis, - como se fossem filmes de ficção científica, desastres decorrentes de eventos extremos se sucederem ao redor do mundo neste novo normal. Uma ação global urgente e coordenada se faz necessária para um futuro mais equilibrado e sustentável. Roberto Xavier de Lima – Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em conservação da natureza, biólogo e escritor. Visite nossa página: https://lnkd.in/de9GZ2ah #COP29 #Baiku; #MudançasClimáticas; Agenda 2030; #ODS;

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  • #24    COP 16: Reflexões sobre Biodiversidade e Conhecimento Tradicional Começou em Cali - Colômbia, a 16ª Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-16) das Nações Unidas. Um momento de reflexão sobre estratégias globais em conservação da biodiversidade diante às mudanças climáticas, e valorização dos conhecimentos das populações originárias e tradicionais sobre a diversidade de vida de seus lugares de origem. A academia, muitas vezes considerada a guardiã do saber, historicamente resistiu em reconhecer as sabedorias populares. No início da minha carreira, ecólogos e antropólogos me mostraram a riqueza do conhecimento biológico das populações tradicionais, como seringueiros e caiçaras que convivi em períodos diferenciados. Em 1987, em uma conversa com antigos seringueiros no Seringal Cachoeira em Xapuri (AC) fiquei impressionado com a riqueza de detalhes como que descreviam a diversidade de abelhas nativas. Quando retornei ao Sul propus minha dissertação de mestrado em etnobotânica. Meu foco à época era resgatar o etnoconhecimento das populações tradicionais da Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, no litoral Norte do Paraná. Após 80 entrevistas, obtive 3.400 citações sobre 480 plantas, distribuídas em 14 categorias de uso. Pesquisei o tema a partir da biblioteca do Instituto de Estudos Amazônicos (IEA) e participei de Congressos, onde conheci importantes referências, como Darrell Posey, William Ballé e Anthony Anderson. Esses autores, que iam da etnobiodiversidade à botânica econômica, estariam alinhados hoje, com o conceito atual de Bioeconomia da Biodiversidade. Conheci mestres locais como Seu Dário de Souza, morador da Vila da Barra do Superagui. Organizei suas anotações em uma cartilha chamada “Sabedorias de seu Dário”, que ele se emocionava mostrando orgulhoso para amigos e família, o “Livro” que escrevera. Em certo momento, Seu Dário, experiente mateiro foi contratado para trabalhar com telemetria no acompanhamento do recém-descoberto bando de mico-leão-de-cara-preta Leontopithecus caissara. Era uma delícia escutá-lo nominar as árvores nativas e explicar como funcionava seu novo trabalho. Ele conseguia entender que os sinais telemétricos do rádio eram enviados para o “satélito” e “homenzinhos” retransmitiam para ele localizar os micos. Infelizmente, nenhum daqueles que entrevistei ainda está vivo. A cada dia que passa, não apenas perdemos biodiversidade, mas conhecimentos únicos que estão se extinguindo, com a retirada destes “professores da natureza”, verdadeiros livros, da biblioteca universal. Roberto Xavier de Lima - Diretor de Planejamento e Inovação da Neotrópica Sustentabilidade Ambiental, mestre em conservação da natureza, biólogo, escritor. Visite nossa página: https://lnkd.in/dEQTmh_e #conhecimento_tradicional #caiçaras #seringueiros

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