Os sintomas da gravidez gemelar são diferentes?

Gestação de gêmeos é cada vez mais frequente ao redor do mundo, mas requer cuidados e atenção em dobro. Conheça os sintomas e riscos

Por Clarice Sena
22 dez 2024, 17h00
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Sintomas costumam ser mais intensos do que numa gestação comum. Um grande crescimento da barriga, especialmente no começo, é um sinal característico (Freepik/Reprodução)
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Nunca antes na história nasceram tantos gêmeos. A afirmação parte de um estudo publicado em 2021 pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, que demonstrou que ao longo dos últimos 40 anos a taxa de nascimentos de gêmeos pulou de 9 para 12 nascimentos a cada 1000. Isso significa que a cada 42 bebês, pelo menos 1 nasce gêmeo.

O recorde é impulsionado por tratamentos de fertilidade e gestações que ocorrem após os 35 anos, idade na qual, em razão de mudanças hormonais, mais de um óvulo pode ser liberado por mês. O histórico de gêmeos na família também pode aumentar as chances de ocorrência.

Como é a gestação gemelar?

Na maioria dos casos, a partir da 6ª semana já é possível identificar este tipo de gravidez por meio do exame de ultrassom. Os sintomas da gravidez gemelar tendem a ser mais intensos, devido à maior produção e concentração de hormônios e maior volume abdominal. Dentre os sintomas estão:

  • Grande apetite;
  • Enjoos matinais muito frequentes;
  • Muito ganho de peso, especialmente no início da gravidez;
  • Movimentos de bebês sentidos em diferentes partes do estômago ao mesmo tempo;
  • Sensibilidade nos seios;
  • Sono e cansaço intensos;
  • Dor pélvica;
  • Aumento da frequência urinária.

Existem três tipos de gestação gemelar: a gravidez com duas placentas e duas bolsas amnióticas, a mais comum e com baixa chance de gêmeos idênticos; a gravidez com uma placenta e bolsas amnióticas separadas, na qual os bebês sempre são idênticos; e a gravidez com uma única placenta e uma bolsa amniótica, tipo é o menos comum, mas que também traz bebês idênticos.

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Riscos e cuidados na gravidez de gêmeos

A gravidez gemelar é considerada de risco mais alto e requer cuidados médicos e pré-natais mais rigorosos do que os de uma gestação comum. Para a mãe, os riscos de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e crescimento fetal restrito também são maiores. Há mais chances de gestantes desenvolverem doenças hipertensivas e até de ruptura prematura de uma das bolsas.

O risco de morte intrauterina e dos bebês nascerem prematuros é maior, além do risco de uma transfusão feto-fetal, condição na qual um bebê rouba o alimento do outro pelas condições de vascularização.

Por estes motivos, além da alimentação balanceada, os exames e consultas médicas devem ser mais frequentes. Gestantes devem controlar a pressão, o peso e a taxa de glicose com atenção. O repouso é de extrema importância, especialmente durante o terceiro semestre de gravidez, a fim de evitar o trabalho de parto prematuro.

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