Mercado automotivo

A General Motors anunciou na terça-feira (11) que deixará de investir na Cruise, sua empresa de táxis autônomos. A companhia, vale destacar, aportou US$ 10 bilhões (R$ 60 bi em conversão direta) na subsidiária desde 2016.

Em comunicado, a GM diz que não irá mais apostar na Cruise "dado o tempo considerável e os recursos necessários para escalar o negócio". A companhia norte-americana também cita o competitivo mercado de táxis autônomos, que conta com gigantes como a Waymo – da Alphabet, dona da Google – e a chinesa Baidu. Isso sem contar a Tesla, com Elon Musk cada vez mais interessado neste mercado e, ainda, nos ouvidos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Para além do competitivo mercado e das dores de cabeça financeiras, a Cruise também se vê envolvida em questões legais. O Departamento de Justiça norte-americano afirmou que a empresa falhou ao explicar a causa de um acidente em que um pedestre se feriu em 2023. Após o caso, executivos de alto escalão e mais de 25% do quadro de funcionários perderam seus empregos.

GM "abandona" Cruise em período de crise

Mary Barra, CEO do grupo General Motors — Foto: Divulgação
Mary Barra, CEO do grupo General Motors — Foto: Divulgação

O anúncio ocorre em momento complicado para a General Motors. A empresa voltou atrás em sua estratégia de eletrificação, deixando de enfatizar exclusivamente em veículos 100% elétricos. Além disso, assim como a Volkswagen, passa por crise na China, sua joint venture no país asiático com a Saic gerou prejuízo de US$ 350 milhões entre janeiro e setembro deste ano. Houve queda considerável de quase 60% nas vendas.

Por isso, Mary Barra, CEO da GM, optou por reestruturar as operações da empresa na China. Para isso, terá de desembolsar US$ 5 bilhões a fim de diminuir a participação na SAIC e também cortar postos de trabalho e fechar fábricas.

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