A Volkswagen está em crise no seu país de origem, e planeja fechar fábricas e demitir milhares de funcionários na Alemanha. Nos Estados Unidos, porém, as coisas parecem caminhar com maior tranquilidade. Tanto é que a empresa lançou em caráter oficial no território norte-americano a Scout Motors. A marca volta ao mercado após quatro décadas, agora com foco em eletrificação.
O retorno da Scout faz parte da estratégia de fortalecimento do Grupo Volkswagen nos Estados Unidos. A empresa alemã pôs as mãos na marca, originalmente usada em modelos off-road da International Harvester Company produzidos entre 1960 e 1980, em 2021.
Sob o guarda-chuva da Volkswagen, a Scout produzirá o SUV Traveler e a picape Terra. Os dois produtos 100% elétricos terão arquitetura de 800 Volts, autonomia de 563 km e opções com extensor que joga o alcance para além dos 800 km. Os dois utilitários, vale frisar, serão feitos sobre plataforma de chassi com longarinas e travessas, bem como eixo traseiro rígido.
Traveler e Terra terão altura em relação ao solo que supera 30 cm e tração nas quatro rodas, que podem ser calçadas por pneus de 35 polegadas, evidenciando as capacidades off-road dos veículos elétricos. Além disso, a Scout diz que SUV e picape podem ir de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos. Isso muito graças aos cerca de 138 kgfm de torque liberados imediatamente.
A capacidade de reboque dos modelos da Scout também impressiona: até 3.175 kg para o Traveler e 4.536 kg no caso da Terra. Além disso, os modelos dispõem de compartimento dianteiro e a picape terá na caçamba duas tomadas de 120V e uma 240V para a função Vehicle-to-Load – que transforma o veículo em uma espécie de estação de recarga.
A Scout deve iniciar a produção de Traveler e Terra em 2027. A Volkswagen investe US$ 2 bilhões para levantar a fábrica dos seus novos elétricos off-road. A unidade ficará localizada no estado da Carolina do Sul.
Ainda de acordo com Keogh, a Scout deverá ter 36 lojas nos Estados Unidos assim que as vendas começarem. O objetivo é aumentar o número para 100 no futuro. O prazo para a expansão, contudo, não foi divulgado.
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