Free Flow: entenda como o novo sistema de pedágio eletrônico funciona

Substituição das praças tradicionais por sistemas eletrônicos garante, de acordo com especialistas, maior fluidez e segurança aos condutores


Pedágio Free Flow Divulgação / CCR RioSP

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou no último dia 14 resolução que permite a instalação em todo o país dos novos pedágios eletrônicos – antes chamados de Free Flow ("livre fluxo", em tradução literal). Além de otimizar o fluxo das rodovias, o sistema é dono de inúmeros fatores que proporcionam maior segurança aos condutores.

O pedágio eletrônico dispõe de alta tecnologia. Eles têm, por exemplo, escaneamento 3D dos veículos, sensores de radar, antenas, pórticos com câmeras para leitura das placas, e auxílio de inteligência artificial (IA) para processamento de informações em tempo real.

Free Flow: Como funciona a identificação?

A identificação do carro pelo sistema de cobrança sem cancela pode ser feita por meio de tags de radiofrequência ou identificação digital das placas.

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Com a tag, instalada no para-brisa, o funcionamento é semelhante ao dos demais serviços que já utilizam tal tecnologia. O valor é cobrado mensalmente, e o condutor recebe a fatura no cartão de crédito para controle, com informações sobre valores e quantidade de passagens cobradas.

Ministério dos Transportes alega que novo pedágio eletrônico barateia uso da rodovia — Foto: Procon-RJ

A concessionária de rodovias CCR afirma que, nesse cenário, carros de passeio ganham, além do desconto de 5% no valor da tarifa, bônus progressivos a cada passagem durante o mesmo mês – o chamado Desconto de Usuário Frequente (DUF).

Já na identificação automática das placas, o motorista apenas passa pela praça e consulta seus registros de passagem no portal de serviços do Detran ou no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), que conta com valores, prazos e formas de pagamento.

Valores, cobranças e multas

No novo modelo de cobrança Free Flow, os motoristas passam a pagar apenas pelo trecho percorrido, e não somente pelo cruzamento do pedágio, como ocorre com as cabines físicas. Essa medida beneficia, por exemplo, os condutores que residem próximo aos pontos de cobrança.

“O cidadão vai pagar por aquilo que usou. Hoje, a praça de pedágio tradicional não permite fazer essa cobrança porque precisa de uma estrutura muito maior. Então, quando a gente aprimora a regulamentação do free flow certamente estará barateando o uso da rodovia para o cidadão”, disse Adrualdo Catão, secretário Nacional de Trânsito do Ministério dos Transportes, conforme informações divulgadas pela Agência Brasil.

Além disso, o sistema, com uma base de dados unificada, centralizada em uma plataforma nacional, prevê que o aplicativo da Carteira Digital de Trânsito sirva como uma das alternativas para pagamento do pedágio eletrônico. Nesse caso, o condutor receberá notificações no smartphone com valores e prazos e poderá ainda consultar os registros no sistema.

Novo pedágio eletrônico: evasão

O ato de atravessar um pedágio sem efetuar o pagamento é configurado como evasão. A fim de mitigar esses problemas, é ofertada ao motorista uma série de alternativas.

O prazo para o embolso, por exemplo, passa de 15 para 30 dias. Após esse tempo, a não quitação da cobrança será considerada infração grave, prevista no Artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro. Além da multa de R$ 195,23, o condutor receberá cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Em comunicado enviado à Autoesporte, o Diretor de Tecnologia da Ecorodovias, Afranio Spolador, diz:

“No caso da EcoNoroeste, o pagamento pode ser feito com cartão de crédito, débito ou Pix pelo site, aplicativo, WhatsApp ou em totens instalados na rodovia. Desde o início da implantação dos equipamentos do free flow na EcoNoroeste, a gente investiu em campanhas educativas em diferentes canais para dar publicidade sobre o novo modelo e os diferentes canais de pagamento. A gente instalou nas rodovias faixas, outdoor, front light e envelopamos cabines de pedágio. Também fizemos um forte trabalho com mídia online por meio de influenciadores e anúncios.”

A companhia de transporte ressalta ainda que essa complicação acontece, principalmente, entre proprietários de veículos sem tag. Isso porque ainda há a crença de que essa tecnologia tem custo elevado, enquanto existem benefícios que, segundo a EcoNoroeste, dão até 96% de desconto com o esquema de redução progressiva da tarifa em viagens feitas dentro de um mês.

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