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Primeiro post Gulf do Brasil foi instalado em Niterói. Mais 200 serão abertos até 2024 — Foto: Fabio Cordeiro
Primeiro post Gulf do Brasil foi instalado em Niterói. Mais 200 serão abertos até 2024 — Foto: Fabio Cordeiro

Oportunidade de crescimento conjunto, modelo de negócio não convencional, soluções inovadoras e produtos da mais alta qualidade. A combinação desses interesses, amadurecida durante mais de um ano de negociação, aproximou a Gulf, primeira marca a inaugurar um posto de gasolina no mundo, e a Fit Combustíveis, maior distribuidora para postos de bandeira branca no eixo Rio-São Paulo.

No início de junho, as duas empresas anunciaram a parceria que torna a Fit Combustíveis a representante exclusiva da Gulf no Brasil, no segmento de postos de combustíveis. A parceria tem metas grandiosas, como mostram os números citados pelo CEO do Grupo Fit, Jorge Monteiro:

— A Fit Combustíveis, por meio da marca Gulf, possui um plano de expansão ambicioso para fortalecer sua presença regional. Inicialmente, o foco da rede será no eixo RJ-SP, com a meta de abrir mais de 200 postos de gasolina até o final de 2024. Serão investidos cerca de R$700 milhões em todos os ativos relacionados ao negócio de postos de gasolina, contando com uma equipe especializada, desenvolvimento de tecnologia para gestão e operação, além de um forte investimento em marketing para posicionar a marca junto aos consumidores. A projeção é movimentar cerca de R$20 bilhões no mercado brasileiro.

Confiança no país

Trata-se de um investimento revolucionário para o setor de combustíveis. É também uma demonstração de confiança na economia do país, pois a parceria ajudará a impulsionar o crescimento econômico brasileiro.

— Investimentos de grande porte como esses trazem uma série de impactos positivos para o setor de combustíveis. Espera-se um aumento significativo na concorrência, o que resultará em melhorias nos serviços oferecidos, preços competitivos e uma maior diversidade de produtos disponíveis para os consumidores. Além disso, prevê-se um considerável aumento na produção e distribuição, gerando empregos diretos e indiretos. A cadeia produtiva do setor, incluindo fornecedores de matérias-primas, transporte e distribuição, também será impulsionada. Os investimentos de grande porte também impulsionam o crescimento econômico das regiões, através da injeção de recursos financeiros e da movimentação financeira gerada pela expansão da Fit Combustíveis, resultando em um aumento na geração de renda e no desenvolvimento de infraestrutura — destaca Jorge Monteiro.

O economista e professor Edson Trajano Vieira, mestre em Economia e doutor em História Econômica, destaca o impacto que a chegada da Gulf, em parceria com a Refit, provocará na concorrência do mercado de combustíveis:

— No Brasil, um dos grandes desafios que temos, inclusive no eixo Rio-São Paulo, onde será inicialmente a atuação da empresa, é acirrar a competição desse mercado. Vejo como grande benefício da vinda da empresa a competição no segmento de distribuição de combustíveis no Brasil, com mais uma rede de postos de combustíveis. Lembrando que no passado tínhamos a estrutura de preços definidos pela Petrobras, agora temos a concorrência na distribuição e a concorrência na ponta, no varejo. Isso pode implicar em combustível com melhor qualidade, com o desenvolvimento de pesquisa em produtos, e principalmente preços menores para os consumidores. Acirrar a competição representa melhor qualidade de produtos e preços melhores para os consumidores — afirma Trajano, coordenador do mestrado e do doutorado do Programa de Planejamento e Desenvolvimento Regional da Universidade de Taubaté.

Ícone automobilístico

A parceria unirá a expertise e a ampla presença da Fit Combustíveis no país ao prestígio e tradição da Gulf, ícone do setor automobilístico e de corridas, que, em mais de 110 anos de história, ganhou destaque ao participar de competições como 24 Horas de Le Mans e recentemente tornou-se patrocinadora da equipe Williams Racing de Fórmula 1.

— Essa negociação proporcionará à Fit Combustíveis acesso a uma marca bem estabelecida, com presença internacional abrangente, o que fortalecerá nossa posição de mercado e aumentará nossa visibilidade. Além disso, a Gulf trará conhecimentos adicionais que serão fundamentais para apoiar nossa expansão e crescimento. A colaboração entre as empresas também permitirá explorar oportunidades conjuntas na oferta de produtos e serviços inovadores, bem como compartilhar conhecimento e tecnologia. Juntos, poderemos impulsionar o desenvolvimento e a diferenciação no mercado, oferecendo soluções mais atrativas e aprimoradas aos nossos clientes — afirma o diretor comercial da Refit, Julio Cesar Paulon.

Do ponto de vista da Gulf, os ganhos também são significativos:

— A Gulf está em um momento de expansão na América Latina e o Brasil não poderia ficar fora dos planos, tendo em vista o tamanho do mercado nacional: são aproximadamente 42 mil postos de combustíveis e aproximadamente metade destes postos é independente, o que chamamos de bandeira branca. O Brasil é um país com uma cultura automobilística vibrante, o público brasileiro é apaixonado por carros e corridas. Tivemos e temos grandes ícones brasileiros nesse setor. Com essa parceria pudemos unir essa paixão brasileira ao pioneirismo da marca Gulf, como a primeira na criação dos postos de gasolina no mundo. A Gulf transmite emoção, paixão e conexão, oferecendo a possibilidade de trazer uma atmosfera única para o mercado brasileiro — diz Paulon.

Em uma perspectiva de médio prazo, Jorge Monteiro vê a Fit em 2030 como uma das líderes consolidadas do setor de combustíveis, com presença significativa em todo o país:

— A visão para o futuro da empresa é pautada em expansão geográfica, inovação e qualidade.

O mercado de combustíveis no Brasil

  • 42 mil postos de combustíveis no país
  • 48% são postos independentes, ou de bandeira branca
  • 25% dos postos (cerda de 10.500) estão concentrados no eixo Rio de Janeiro – São Paulo, onde aproximadamente 5 mil são postos de bandeira branca

Demanda de combustíveis no país (bilhões de litros)*

Óleo diesel

  • 2020 – 58,9
  • 2021 – 63,5
  • 2022 – 64,7
  • **2023 – 65,9
  • **2024 – 66,9

Gasolina C

  • 2020 – 35,9
  • 2021 – 39,7
  • 2022 – 43,6
  • **2023 – 43,7
  • **2024 – 43,4

Combustíveis do ciclo Otto (gasolina e etanol – bilhões de litros de gasolina equivalente)

  • 2020 – 49,8
  • 2021 - 52
  • 2022 – 55,5
  • **2023 – 56,2
  • **2024 – 57,3

Em maio, a Petrobras anunciou alteração na estratégia para formação de preço dos combustíveis, com o fim da Política de Paridade de Importação (PPI). Segundo a EPE, observou-se redução do preço final da gasolina C (média Brasil) de 2% entre abril e maio.

* Fonte: Perspectivas para o mercado brasileiro de combustíveis no curto prazo – junho/2023 – Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

** Estimativas da EPE

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