Carro usado da semana: Renault Sandero é opção espaçosa e racional de R$ 50 mil

Autoesporte, em parceria com a Karvi, elaborou um guia de compra para o Renault Sandero. Abaixo, você pode conferir qual o melhor ano para buscar o hatch, as versões mais recomendadas e os pontos positivos e negativos do modelo.

Com menos de R$ 20 mil é possível comprar um Renault Sandero. No outro extremo, há quem peça mais de R$ 110 mil pela versão esportiva RS com baixíssima quilometragem. Como o equilíbrio é a chave para o sucesso, o meio do caminho, a faixa dos R$ 50 mil, é onde o cliente pode encontrar exemplares bem cuidados e relativamente novos.

Por esse preço, o consumidor pode optar pelo Sandero com motor 1.0, mas com ano de fabricação mais recente, até 2019. Ou então escolher uma unidade um pouco mais antiga, 2017, mas com motor 1.6.

Pela primeira vez, vamos recomendar duas opções. E elas foram citadas no parágrafo acima. Se você quiser um carro mais novo, a pedida é o Expression 2019 com motor 1.0. Agora, se o desempenho é uma questão fundamental, escolha a mesma versão, mas com motor 1.6. Nesse caso, o orçamento de R$ 50 mil é suficiente para pagar pelo modelo 2017.

Esses dois motores são da família SCe, lançada no final de 2016. Ainda que já estejam no mercado há quase seis anos, esses propulsores são modernos, com bloco e cabeçote de alumínio e alguns recursos para melhorar as respostas em baixas e médias rotações.

O 1.0 de três cilindros tem comando de válvulas duplamente variável e rende 82 cv e 10,5 kgfm. Já o 1.6 traz variação apenas na admissão. Nesse caso, potência e torque ficam em 118 cv e 16 kgfm. O câmbio é sempre manual de cinco marchas.

Desde 2007, nenhum concorrente conseguiu chegar perto do Sandero quando o assunto é espaço interno. Imbatível, o hatch da Renault se aproveita do formato da carroceria e das dimensões generosas para oferecer conforto de sobra para cinco adultos.

Se os 4,06 m de comprimento não impressionam, os 2,59 m de entre-eixos fazem dele mais espaçoso até do que alguns SUVs compactos. No porta-malas, os 320 litros de capacidade acomodam bem as bagagens de uma família.

Outro ponto positivo do hatch é a confiabilidade. O Sandero é “um tanque”. Tem manutenções e peças baratas, mecânica amplamente conhecida e é relativamente econômico. Veja no quadro as médias das duas motorizações:

O Sandero é uma ótima opção para quem precisa de um veículo que transporte pessoas do ponto A ao ponto B. Simples assim. Não espere prazer ao dirigir, refinamento ou uma lista de equipamentos recheada.

Em pleno 2022, o hatch usava assistência eletro-hidráulica na direção – uma solução barata para tornar a velha direção hidráulica um pouco mais leve. A central multimídia é simples e tem tela pequena. Já o acabamento é espartano, repleto de plásticos duros e até com algumas rebarbas.

Os airbags laterais não estão disponíveis nos carros indicados, já que só foram incorporados em 2020. A lista de equipamentos é similar nas duas versões: ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos e banco do motorista com regulagem de altura.

Dois itens incomuns no segmento são o start-stop e as molas a gás para sustentar o capô. Outro ponto de atenção na hora de comprar um Sandero é que o hatch da Renault foi o “queridinho” das locadoras durante muitos anos. Assim, é prudente ficar de olho na quilometragem. Se ela for muito elevada, redobrar a atenção com suspensão, estado dos pneus e possíveis arranhões na carroceria.

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