A Kia voltará a ter um sedã médio em 2025, um segmento em que a marca não atua desde que deixou de trazer o Cerato para o Brasil em 2023. O modelo chega importado do México para fazer frente a Toyota Corolla e Nissan Sentra. A confirmação foi feita pelo presidente da marca no Brasil, José Luiz Gandini, em entrevista ao podcast do canal A Roda.
Como uma das armas contra seus rivais, o K4 terá um visual bem menos conservador. A frente tem faróis verticais interligados por uma grade fina. As laterais têm recortes retos, como destaque para as portas traseiras com maçanetas camufladas na coluna. A traseira tem uma caída inclinada, como um cupê, terminando na tampa do porta-malas. Atrás, lanternas que formam um U invertido se destacam.
O interior traz a receita dos modelos atuais da Kia, com três telas, sendo duas de 12,3 polegadas cada —uma para a central multimídia, outra para o quadro de instrumentos. Entre elas, uma de 5 polegadas para os comandos do ar-condicionado.
O K4 tem 4,71 metros de comprimento, 2,72 m de entre-eixos, 1,85 m de largura e 1,44 m de altura. É ligeiramente maior que o Corolla. Gandini não disse qual é a motorização do sedã, no entanto.
No México, ele é vendido com motor 2.0 de quatro cilindros com 147 cv de potência e 18,2 kgfm de torque, com transmissão manual de seis marchas ou automática CVT de oito velocidades simuladas. Há também o 1.6 turbo —o mesmo usado no Hyundai Creta Ultimate—, com 190 cv e 26,9 kgfm. Neste caso, a transmissão é automática de oito marchas.
K3 vai demorar mais
Gandini também falou sobre os planos de trazer o sedã compacto K3, antecipados por Autoesporte em agosto. Programado para chegar em 2025, o modelo deve ser adiado por causa da motorização, que não atenderia às normas de emissões do Proconve L8 que entram em vigor em 1º de janeiro.
Entre as alternativas estão usar o mesmo motor 1.0 turbo do Hyundai HB20 ou um sistema híbrido leve. Tal adaptação levaria tempo, o que acabou postergando sua chegada ao Brasil.
Mas outras novidades da marca vão chegar em 2025. Entre elas, o EV3, confirmado para ser vendido no Brasil, mas ainda sem data. O SUV grande EV9 também está com passaporte carimbado com as vendas começando só no segundo semestre, assim como o facelift do Sportage.
A picape Kia Tasman depende da produção local. Segundo Gandini, a Kia estuda a fabricação no Uruguai, onde hoje é feita a Fiat Titano, que será transferida para a Argentina. Por fim, o Sorento a diesel já embarcou e chega em janeiro ao Brasil.
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