O Nissan Leaf foi um dos primeiros carros elétricos vendidos regularmente no Brasil. Lançado em julho de 2019 por R$ 195 mil, chegou poucos meses depois do Renault Zoe. Agora, o hatch médio japonês toma o mesmo caminho do similar francês e deixa de ser vendido no Brasil. Quem quiser um Leaf a partir de agora, terá que fazer uma assinatura do veículo.
Procurada por Autoesporte, a marca disse que o Leaf “segue sendo oferecido pela Nissan ao mercado brasileiro, exclusivamente por meio do programa de assinatura Nissan Move. O cliente segue tendo a opção de compra do modelo, no fim do prazo do contrato”.
A Nissan, porém, não disse qual será o preço para compra quando o período de assinatura for encerrado.
Quanto custa assinar um Leaf?
Já é possível assinar um Nissan Leaf. No plano mais longo, de 48 meses, e com franquia mensal de 500 km, a locação sai por R$ 7.419. Como comparação, alugar um Volkswagen ID.4, SUV maior e mais moderno que o Leaf, custa a partir de R$ 6.990.
Também é possível pagar uma primeira mensalidade maior, reduzindo assim o valor das parcelas restantes do contrato. Veja na tabela abaixo algumas simulações:
Preços da assinatura do Nissan Leaf
Prazo | Franquia mensal | Preço |
12 meses | 500 km | R$ 17.099 |
12 meses | 1.000 km | R$ 17.409 |
24 meses | 500 km | R$ 10.649 |
24 meses | 2.000 km | R$ 11.439 |
36 meses | 500 km | R$ 8.449 |
36 meses | 1.000 km | R$ 8.679 |
48 meses | 500 km | R$ 7.459 |
48 meses | 1.000 km | R$ 7.619 |
O Leaf era oferecido regularmente no site da Nissan até fevereiro. O preço, porém, já indicava que o hatch médio era pouco competitivo no crescente mercado de carros elétricos. Por R$ 298.490, custava quase R$ 70 a mais do que um BYD Yuan Plus, um SUV maior, mais potente e com autonomia superior.
A única versão disponível no Brasil teve o visual atualizado em julho de 2022, com novo desenho de para-choque, grade frontal e rodas. O conjunto mecânico permaneceu o mesmo: motor elétrico dianteiro de 150 cv de potência e 32,6 kgfm de torque e baterias de 40 kWh, que garantem autonomia de até 272 km, segundo o padrão Inmetro.
Ariya vem aí?
Sem o Leaf à venda regularmente, a Nissan pode finalmente se preparar para lançar o Ariya no Brasil. Em outubro passado, Autoesporte apurou que a marca trará o modelo, mas ainda não há uma data definida. “Não é uma questão de sim ou não, ou se há espaço [para o Ariya no Brasil]. É quando”, disse, na época, Geraldo Fernandez, vice-presidente de marketing da Nissan na América do Sul, durante o Salão de Tóquio.
Com o Aryia, a Nissan teria um elétrico mais moderno para encarar uma concorrência maior. O crossover tem sido um sucesso de crítica em outros países.
Sua plataforma CMF-EV é compartilhada com outro carro que chegou recentemente ao Brasil, o Renault Megane E-Tech — mas o Ariya é um pouco maior. O novo SUV tem 4,59 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,66 m de altura e 2,77 m de distância entre-eixos.
Apesar da traseira compacta, o Ariya tem 460 litros de capacidade no porta-malas na versão de tração dianteira e 415 litros na versão com tração integral. Por dentro, o assoalho é plano, beneficiando o espaço para os pés dos ocupantes do banco traseiro.
O Ariya pode ser equipado com duas opções de baterias, de 65 kWh e 90 kWh. A potência varia entre 215 cv e 389 cv. A autonomia segue a mesma lógica, de 360 km a 500 km, de acordo com a especificação.
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