1º de maio de 1994 sempre será lembrado como a data da morte de Ayrton Senna, que completa 30 anos nesta quarta-feira. Porém, um dia antes, em 30 de abril, durante os treinos classificatórios do GP de San Marino de F1, em Ímola (Itália), outro piloto faleceu em um acidente: Roland Ratzenberger.
Autoesporte relembra o final de semana mais trágico da história recente da Fórmula 1, que começou no treino livre de sexta-feira (29), quando Rubens Barrichello sofreu um acidente feio e teve luxação em uma das costelas e fratura no nariz.
Quem era Ratzenberger
Natural de Salzburgo (Áustria), Ratzenberger correu por diversas categorias do automobilismo, mas estreou na F1 justamente em 1994 com a também estreante equipe da Simtek. Originalmente, a empresa prestava serviços de consultoria de engenharia em muitas áreas na F1, incluindo construção de chassis.
O lançamento como equipe foi em agosto de 1993, com contrato de duas temporadas: 1994 e 1995. E Ratzenberger foi um dos pilotos escolhidos, ao lado de David Brabham, filho de Jack, tricampeão da F1 em 1959, 1960 e 1966.
A estreia do austríaco deveria ser no GP do Brasil, mas ele perdeu o treino por problemas mecânicos e sequer conseguiu tempo para entrar no grid. Ratzenberger iniciou sua trajetória na F1, de fato, no GP do Pacífico, realizado no Japão, onde ele terminou no 11º lugar. Infelizmente sua história durou pouco e o fatídico GP de San Marino foi apenas a terceira corrida da temporada.
O austríaco ficou apenas em 25º nos dois treinos livres de sexta-feira — naquela época eram 28 pilotos no grid. E, no sábado, na segunda parte do treino oficial, a asa dianteira do carro de Ratzenberger quebrou, o piloto não conseguiu fazer a curva Villeneuve e bateu a 310 km/h no muro. Aos 33 anos, ele teve múltiplas fraturas pelo corpo e morreu logo após ser atendido.
Um dos pilotos mais comovidos com o acidente foi justamente Ayrton Senna, que se mostrou muito abalado. Imediatamente após o acidente, o brasileiro foi conversar com Sid Watkins, médico da F1 na época, para saber sobre a situação de Ratzenberger que logo teve seu óbito confirmado.
Alguns pilotos, incluindo Senna, ameaçaram não participar da corrida no domingo, mas, infelizmente todos nós já sabemos o desfecho dessa história que completa 30 anos.
De acordo com um artigo publicado na página oficial da F1, em 2019 — quando os acidentes de Senna e Ratzenberger completaram 25 anos —, foi revelado que após a morte do brasileiro encontraram uma bandeira da Áustria dentro do carro para homenagear Ratzenberger.
Quem terminou campeão daquela triste temporada de 1994 foi Michael Schumacher, conquistando o primeiro dos seus setes títulos mundiais.
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