Uma das estratégias acordadas durante a reunião foi a de aproximar pesquisadores paulistas de colegas da Paris-Saclay por meio da realização de workshops e conferências (foto: Phelipe Janning/Agência FAPESP)
Objetivo do encontro foi fomentar novas parcerias e debater estratégias para ampliar a pesquisa colaborativa; universidade francesa é considerada um dos oito maiores centros de inovação do mundo
Objetivo do encontro foi fomentar novas parcerias e debater estratégias para ampliar a pesquisa colaborativa; universidade francesa é considerada um dos oito maiores centros de inovação do mundo
Uma das estratégias acordadas durante a reunião foi a de aproximar pesquisadores paulistas de colegas da Paris-Saclay por meio da realização de workshops e conferências (foto: Phelipe Janning/Agência FAPESP)
Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Representantes da Universidade Paris-Saclay, da França, reuniram-se com dirigentes da FAPESP no dia 3 de dezembro. O objetivo do encontro foi debater estratégias para aumentar a pesquisa conjunta entre cientistas paulistas e da universidade francesa.
“Esses encontros são grandes oportunidades de elaborar estratégias para impulsionar nosso trabalho conjunto, a partir de acordos e de chamadas conjuntas”, afirmou Delphine Placidi Frot, vice-presidente para Assuntos Internacionais e Europeus da Universidade Paris-Saclay.
Considerada um dos oito maiores centros de inovação do mundo, a Universidade Paris-Saclay conta com mais de 16 mil pesquisadores e 68 mil estudantes, incluindo cinco laureados com o Prêmio Nobel e 11 Medalhas Fields (o “Nobel” da Matemática). Embora diversos mecanismos de financiamento para pesquisas colaborativas entre pesquisadores paulistas e grupos da universidade francesa já estejam bem estabelecidos, foi observada nos últimos anos uma queda na publicação de artigos científicos conjuntos.
“Temos muitos acordos disponíveis, seja por meio de acordos de colaboração firmados pela FAPESP com a ANR [Agence nationale de la recherche], CNRS [Centre National de la Recherche Scientifique], Inserm [Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale], ou o Horizon 2020 [programa de pesquisa e inovação da União Europeia]. Portanto, não precisamos criar mais ferramentas para a cooperação, mas aproveitar melhor essas oportunidades já existentes com boas propostas”, afirmou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
Uma das estratégias acordadas durante a reunião foi a de aproximar pesquisadores paulistas de colegas da Paris-Saclay por meio da realização de workshops e conferências. “No próximo ano, teremos uma edição da FAPESP Week em Toulouse e Paris. Seria uma oportunidade para aproximar não apenas pesquisadores com o objetivo de impulsionar colaborações em pesquisa, mas também startups paulistas apoiadas pela FAPESP e spin-offs da Universidade Paris-Saclay”, acrescentou Zago.
A FAPESP Week é uma estratégia de internacionalização da Fundação que consiste em realizar simpósios científicos em diferentes países. A ideia é criar um ambiente de colaboração científica entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros com interesses compartilhados ou complementares. Em 2024, houve edições do evento nos Estados Unidos, na China, Itália e Espanha. Para o próximo ano, já estão sendo organizadas conferências na Alemanha e na França.
Outra possibilidade discutida na reunião foi a aproximação de centros de pesquisa. A Universidade Paris-Saclay abriga três institutos tecnológicos e sete centros nacionais de pesquisa, com foco em investigações nas áreas de saúde e bem-estar; energia, clima e desenvolvimento sustentável; biodiversidade, agricultura e produção alimentar; transformação digital e inteligência artificial; transporte e mobilidade; ciência aeroespacial e espacial; e renovação industrial.
“Somos a única agência de fomento no Brasil que tem estabilidade suficiente para financiar projetos de longo prazo. Temos 50 centros de pesquisa de excelência sendo financiados para a realização de projetos de dez anos, sobre diferentes temas e que incluem grandes empresas, por exemplo. Podemos envolver companhias na França e do Brasil nessas pesquisas, ou até criar novos centros envolvendo pesquisadores e empresas dos dois países”, finalizou Zago.
A delegação francesa também incluiu: Liliana Mitkova, vice-presidente responsável pela Qualidade; Agnès Linglart, vice-reitora da Faculdade de Medicina; Guillaume Garreta, diretor do Escritório de Relações Internacionais; Jérémie Klinge, do Escritório de Parcerias Internacionais; e os professores Marie-Anne Debily, Pedro Almeida de Oliveira, Olivier Evrard e Giana Perre.
Do lado brasileiro também estiveram presentes: Marcio de Castro Silva Filho, diretor científico da FAPESP; Fernando Menezes, diretor administrativo; Connie McManus, gerente de Colaborações em Pesquisa; Ana Paula Yokosawa, gerente-adjunta de Colaborações em Pesquisa; Raul Machado Neto e Claudia Toni, assessores da Presidência; e Nadége Mézié, assessora da Gerência de Colaborações em Pesquisa.
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