A Páscoa é uma data comemorada por inúmeras famílias em todo o mundo. No Brasil e em vários países ocidentais, a Páscoa está diretamente ligada à religião, marcando os três dias que simbolizam a morte e ressurreição de Jesus.
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Contudo, alguns estudiosos associam a origem dessa data a festividades e tradições pagãs. Além disso, ao longo do tempo, a Páscoa adquiriu uma variedade de outros símbolos, significados e tradições que podem estar ou não relacionados a práticas religiosas, como o coelho da Páscoa e os ovos de chocolate.
Origem do coelho da Páscoa
A origem do coelho como símbolo da Páscoa não é consensual – acredita-se que essa tradição tem raízes na cultura popular germânica.
Segundo uma das lendas, na Alemanha, um coelho ou lebre era encarregado de transportar ovos decorados durante o início da primavera. Esses ovos eram, então, escondidos e crianças de toda a região se dedicavam a procurar essas peças decoradas.
Além disso, essa lenda possui raízes na tradição pagã e está diretamente ligada à Deusa Ostara, reconhecida como uma divindade da fertilidade.
Segundo a história, a conexão com o coelho ocorre quando a Deusa transforma um pássaro em coelho após um longo inverno. Após a mudança, o pássaro expressa o desejo de retornar à sua forma original. Ostara atende ao pedido e, em agradecimento, o pássaro deixa para trás diversos ovos coloridos.
No hemisfério norte, acredita-se que essa lenda foi difundida durante a migração dos imigrantes alemães para os Estados Unidos, no século 18. Além disso, registros em obras de Jacob Grimm, publicadas no século 19, mencionam essa lenda.
Apesar de não haver consenso sobre sua origem, há especulações de que o nome associado à data no hemisfério norte tem uma relação direta com a deusa. “Easter“ em inglês e “Ostern“ em alemão são termos que supostamente remetem à divindade Ostara, fortalecendo a ligação entre a celebração e a deusa da fertilidade.
No Cristianismo, algumas teorias buscam explicar a associação do coelho com a Páscoa, atribuindo significados simbólicos ao animal.
Uma delas sugere que o coelho foi considerado um símbolo de castidade, pois a crença era de que esses animais eram assexuados, estabelecendo assim uma ligação com a reprodução sem contato sexual. Essa conexão foi então relacionada a Maria, mãe de Jesus.
Outra teoria cristã aponta o coelho como o primeiro animal a testemunhar a ressurreição de Jesus, tornando-se um símbolo de renovação. A ideia é que o coelho, ao ser o primeiro a sair de sua toca após o inverno, representa o renascimento e a esperança associados à ressurreição de Cristo.
Relação dos ovos e da Páscoa
Com ligação direta com a lenda da Deusa Ostara, onde o pássaro transformado em coelho deposita os ovos especiais, algumas teorias também indicam uma ligação cristã com a tradição dos ovos através de simbolismos.
Uma dessas crenças associa diretamente o ovo à tumba de Jesus. Segundo essa perspectiva, o ovo, assim como a tumba, é percebido como desprovido de vida em seu interior. Contudo, da mesma forma que Jesus ressuscita após três dias, o ovo simboliza o desenvolvimento de uma nova vida.
Apesar de as crenças pagãs e religiosas mencionarem ovos, em nenhum dos casos é especificado que eles sejam feitos de chocolate. A tradição de ovos de chocolate surge por volta do século 18, quando confeiteiros europeus decidem produzir ovos de chocolate e inserir surpresas em seu interior, como bombons.
Com o tempo, essa prática se disseminou pelo ocidente, tornando comum encontrar uma variedade de ovos, incluindo os de diferentes sabores, recheados, trufados, com bombons e ovos de Páscoa infantis com brinde em seu interior.
Em 2024, a Páscoa será celebrada no último domingo do mês, dia 31 de março.
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